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Global Witness: 212 ativistas ambientais foram assassinados em 2019

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Autor: Daniele Bragança
29 de Jul de 2020

No dia 01 de novembro de 2019, o líder indígena Paulo Paulino Guajajara foi assassinado a tiros por madeireiros dentro da Terra Indígena Araribóia, região da Lagoa Comprida, no estado do Maranhão. Paulino Guajajara foi vítima de uma emboscada. Atingido no rosto e no pescoço, morreu no local. Paulino é um dos 24 assassinatos de ativistas e defensores ambientais ocorridos no Brasil no ano passado, de acordo com relatório da ONG Global Witness, publicado nesta quarta-feira (29).

A ONG documentou 212 assassinatos em 22 países, é o maior número da série histórica, iniciada em 2002. O Brasil está em terceiro lugar, atrás apenas da Colômbia, o país que mais registrou assassinatos (64), e Filipinas (43). Metade dos assassinatos documentados pela ONG ocorreram nos dois países.

NÚMERO DE MORTES DE DEFENSORES DA TERRA E DO AMBIENTE - 2019
Colômbia 64
Filipinas 43
Brasil 24
México 18
Honduras 14
Guatemala 12
Venezuela 8
Índia 6
Nicarágua 5
Indonésia 3
República Democrática do Congo 2
Burkina Faso 2
Romênia 2
Cazaquistão 2
Uganda 1
Peru 1
Camboja 1
Bolívia 1
Gana 1
Quênia 1
Costa Rica 1

O aumento de ataques contra populações indígenas também foi destaque no relatório, sendo o Brasil o país que concentrou o maior número de assassinatos: 10 indígenas foram mortos, sendo 4 do Amazonas, 3 do Maranhão, 1 do Amapá, 1 do Mato Grosso do Sul e 1 do Paraná.

O setor de mineração continua sendo a área que mais desencadeia conflitos que terminam com mortes de ativistas. Só no ano passado, 50 defensores mortos por lutar contra o avanço da mineração.

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