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General Heleno vê redução de ações das Farc na fronteira

FSP, Mundo, p. A14
18 de Nov de 2008

General Heleno vê redução de ações das Farc na fronteira

Kátia Brasil

O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Pereira, disse ontem em Manaus que houve um "esvaziamento" das ações das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na fronteira do Brasil com a Colômbia. "Elas [as Farc] estão concentradas hoje em outra parte do país [Colômbia]", afirmou.
Na fronteira do Brasil com Colômbia e Venezuela, o Exército brasileiro mantém 9.600 de seus 25.751 homens na região amazônica. O foco maior de atenção é a chamada Cabeça do Cachorro, no município São Gabriel da Cachoeira (850 km de Manaus), onde foi registrado em 2006 o último incidente. Na ocasião, soldados brasileiros trocaram tiros com supostos guerrilheiros em Cucuí, a 150 km de São Gabriel.
Segundo o general Heleno, hoje os guerrilheiros estão isolados. "Eles estão muito acuados. É evidente o enfraquecimento das Farc depois que perderam alguns de seus líderes mais importantes. Estão quase que confinados numa parte do país, que não inclui a nossa fronteira. O que se sabe é [que estão presentes em] uma área mais próxima à Venezuela e ao Equador", afirmou. No início do ano a guerrilha perdeu 3 dos 7 membros de seu secretariado, inclusive o líder-máximo Manuel Marulanda.
Mas o comandante militar da Amazônia disse que o narcotráfico continua e usa os rios da região como rota. "Não é simplesmente uma diminuição da atuação das Farc que vai reduzir drasticamente o narcotráfico, pois [os guerrilheiros] não são os únicos que se aproveitam dos recursos do narcotráfico. Há muito mais gente envolvida", afirmou Heleno, que abriu ontem a reunião bilateral de inteligência entre militares dos dois países.
O general ressaltou a importância da colaboração mútua. "Temos problemas comuns. Um dos pontos mais importantes da reunião é a atuação em operações com respeito total aos direitos humanos. É fundamental a colaboração do outro lado [Colômbia] para que isso não se transforme em direito de bandido", disse.

FSP, 18/11/2008, Mundo, p. A14

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