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General explica atuação na defesa da Amazônia

Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados
02 de Out de 2003

Audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados em

O comandante militar da Amazônia, general Cláudio Barbosa de Figueiredo, afirmou que a falta de recursos impede uma ação mais eficiente das Forças Armadas na região. O general participou hoje de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional sobre a ação militar no território amazônico, principalmente, nas áreas de fronteira.
Barbosa de Figueiredo explicou que, por ser maior que a Europa e ter 25 pontos fronteiriços, o deslocamento na região é difícil, tendo que ser feito por meio aéreo, o que aumenta os custos operacionais.
A Comissão de Relações Exteriores pretende apresentar emendas ao Orçamento da União para aumentar os recursos para beneficiar os programas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. O anúncio foi feito pela presidente da comissão, deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP).
O autor do requerimento para a audiência pública, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), também defende a presença militar na Amazônia como fundamental para a defesa do país. "O Congresso deve buscar mais fontes de recursos financeiros para as Forças Armadas brasileiras e Polícia Federal para garantir maior presença na Amazônia".

CALHA SUL
O comandante da Amazônia defendeu também a preservação do projeto Calha Norte e a criação do projeto Calha Sul, que seria importante, na opinião dele, para inibir os contrabandistas de madeira na fronteira Sul da Amazônia.

FUNCIONAMENTO
O Calha Norte foi criado em 1985 para promover a ocupação e o desenvolvimento ordenado do norte da Amazônia, além de defender as fronteiras setentrionais e noroestes do Brasil.
O projeto envolve as construções de aeroportos e unidades militares do Exército e da Aeronáutica, numa faixa de terras com 6.500 km de comprimento por 160 km de largura ao longo das fronteiras com as Guianas, Suriname, Venezuela, Colômbia e Peru.
Herança do regime militar, o objetivo do programa é coibir a ação de estrangeiros na região, sobretudo o garimpo clandestino, e a redução do comércio ilegal de madeira e do tráfico de drogas.

AMAPÁ
Na opinião do general, o tratamento dado à fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, no Amapá, deve ser diferenciado, pois é dos países fronteiriços o mais desenvolvido. Ele informou que está em estudo a implantação de um pelotão na Base de Tiriós, no Amapá. O estado, segundo Figueiredo, conta com um efetivo da Polícia Federal de 36 homens, o que considera muito pequeno e dificulta até mesmo o trabalho de apoio do Exército.

INTEGRAÇÃO
Segundo o general, a criação do Ministério da Defesa propiciou maior articulação entre o Exército, a Aeronáutica e a Marinha. Ele lembra que as ações combinadas são uma característica da guerra moderna, a exemplo do que aconteceu na operação Timbó - exercício realizado pelas três forças em junho deste ano, simulando um combate contra narcotraficantes, contrabandistas e guerrilheiros.

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