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Garimpeiros terão que sair de aldeia em 15 dias

Gazeta de Cuiabá-MT
08 de Mar de 2002

Dentro de duas semanas, os garimpeiros que atuam ilegalmente na extração de diamantes da Terra Indígena Roosevelt, cravada na fronteira de Mato Grosso e Rondônia, serão expulsos do local. A garantia foi formalizada ontem, pelo governo federal, em reunião realizada em Brasília.

O encontro contou com representantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério Público Federal dos dois Estados.

Na próxima semana, os órgãos envolvidos na operação voltam a se reunir para traçar o plano prático de retirada dos garimpeiros. Até lá, a Polícia Federal deverá definir o efetivo necessário para evitar que a vida dos índios seja colocada em risco.

Os representantes do Ministério Público Federal de Mato Grosso e de Rondônia estenderam a reunião para discutir como penalizar empresários, políticos e funcionários da União sabidamente envolvidos no esquema de exploração de diamantes.

Conforme dados da Polícia Federal, mais de cem pessoas já foram detidas na área. Cerca de 50 foram indiciadas. Uma sindicância interna aberta pela própria Funai identificou que pelo menos cinco funcionários favoreciam a exploração e o comércio ilegal de diamantes na área.

A Terra Indígena Roosevelt tem mais de 3 milhões de hectares. Cerca de 2,5 mil índios da etnia cinta-larga vivem na área. O contato com os garimpeiros trouxe enormes problemas para a população, como alcoolismo e prostituição.

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