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Futuro ministro do Meio Ambiente quer aumentar ecoturismo em áreas de conservação

FSP, Ilustrada, p. C2
Autor: BERGAMO, Mônica
11 de Dez de 2018

Futuro ministro do Meio Ambiente quer aumentar ecoturismo em áreas de conservação
"As ONGs tratam esses locais como se fossem feudos", diz Ricardo Salles, futuro titular da pasta

O futuro ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pretende abrir ainda mais as unidades de conservação para o ecoturismo.

PORTA ABERTA
"As ONGs tratam esses locais como se fossem verdadeiros feudos", diz ele. "Vigora o isolacionismo."

ESPELHO
Salles diz que o Brasil explora "só 3% do potencial do ecoturismo. Temos que aumentar isso rapidamente". Ele cita o Parque Nacional do Iguaçu, unidade de conservação explorada por um grupo privado. "É um ótimo exemplo."

QUE PENA
A nomeação de Salles surpreendeu seguidores de Xico Graziano, ex-assessor de Fernando Henrique Cardoso, no Twitter. Eles esperavam que o agrônomo, que aderiu à candidatura de Jair Bolsonaro, fosse o escolhido.

OLHA EU
"A minha torcida era pelo Xico Graziano", escreveu um deles. "O Xico Graziano tem muito mais conhecimento e preparo na causa", disse outro. As mensagens foram reproduzidas pelo próprio Graziano.

VAI TARDE
Já a economista Elena Landau, que também integrou o governo de FHC, disse no grupo de WhatsApp "Política Viva", de 208 integrantes -entre eles, deputados eleitos e assessores: "Só me alegra que toda a puxação de saco do Graziano tenha dado em nada".

ASSINATURA
O padrinho de Salles junto a Bolsonaro foi o ruralista e deputado estadual eleito Frederico D'Ávila (PSL-SP), que sempre apoiou o PSDB e na última eleição abraçou a candidatura de Bolsonaro.

ASSINATURA 2
E Salles, que concorreu a deputado federal, foi apoiado por um time de pesos-pesados da economia: Jayme Garfinkel, presidente do conselho da Porto Seguro e um dos bilionários brasileiros, segundo a revista Forbes, doou a ele R$ 260 mil.

ASSINATURA 3
Salim Mattar, da Localiza, nomeado para a Secretaria de Privatizações de Bolsonaro, contribuiu com
R$ 200 mil. O gestor Luis Stuhlberger deu R$ 50 mil. E Elie Horn, da Cyrela, R$ 40 mil.

FSP, 11/12/2018, Ilustrada, p. C2

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2018/12/futuro-mini…

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