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Funcionários do Ibama são ameaçados por causa de demarcação de reserva no Maranhão

Ibama
Autor: Sandra Sato
24 de Nov de 2004

O Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis acertou com o Ministério Público Federal um maior prazo para cumprimento da liminar que obriga o órgão a monitorar a Reserva Biológica Gurupi, no Maranhão. A proposta, aceita pelo MPF, prevê que o Ibama apresentará em 17 de dezembro um plano de monitoramento da Rebio. "Começaremos a executar o plano no início do próximo ano", informou a gerente-executiva do Ibama no Estado, Marluze Pastor.

A Reserva hoje está sem fiscalização. Os analistas ambientais Valter Cabral de Moura e Edson Souza dos Santos que, toda semana, visitavam a Rebio receberam ameaças anônimas de morte e foram retirados da área. O Ibama registrou queixa na delegacia e apontou supostos ameaçadores.

Gurupi é alvo de invasões de madeireiros, traficantes de animais silvestres, entre outros. Marluze informa que há outros crimes associados aos delitos ambientais na região. Na área já foram encontrados, por exemplo, tratores e motos roubados.

A demarcação da Reserva Extrativista Mata Grande (MA) também virou caso de polícia. Na segunda-feira (22), proprietários de terra ameaçaram reagir com violência quando foram informados por funcionários do Ibama que a empresa MAPPA começaria a demarcar a unidade, criada em 1992.

Cerca de 200 pessoas participavam da reunião no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Davinópolis, convocada pelo Ibama. Os proprietários se revezaram no microfone contra a demarcação e fazendo ameaças. Alguns estavam armados, conta a analista ambiental Kátia Barros, que coordenou a reunião. Segundo ela, o clima ficou bastante tenso e só não houve violência porque se anunciou que a demarcação estava temporariamente suspensa
(Sandra Sato-Ibama-Brasília-DF-24/11/04)

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