VOLTAR

Funasa treina índios para combate à malária no Amapá

Diário do Amapá-Macapá-AP
31 de Jul de 2002

Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em conjunto com o governo do Amapá e UNIFAP estão desenvolvendo um projeto denominado Microscopia e Diagnóstico da Malária para Indígenas. O objetivo do projeto é capacitar os índios para a identificação microscópica da morfologia das diferentes espécies de Plasmodium, causadores da malária na região, bem como proceder o correto tratamento. O curso está sendo desenvolvido desde 24 de junho nas dependências da Unifap e encerra-se dia 2 de agosto. Os instrutores pertencentes ao quadro funcional da Funasa juntamente com os profissionais de nível superior e médio envolvidos no trabalho são responsáveis pelos conteúdos teóricos e práticos aos 20 indígenas de diferentes aldeias do Amapá que participam do curso.

"O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno da malária são medidas efetivas na prevenção de formas graves e complicadas da doença, as quais muitas evoluem para óbito", frisa o professor José Jeová Freitas Marques. O diagnóstico rápido é feito pelo exame clínico do paciente após apresentação de sinais e sintomas da doença detectados pelo agente de saúde.

Após esse procedimento é feito o exame microscópico do sangue do doente permitindo identificar os parasitas que produzem a malária. "Entretanto, nem sempre está presente o agente de saúde, assim como não existem laboratórios em muitas áreas rurais distantes, no interior da Amazônia, onde os quadros clínicos produzidos pelo plasmodium falciparum são sempre graves e se complicam quando o tratamento não é administrado oportunamente", lamenta Jeová.

"Em tais condições, uma pessoa treinada capaz de reconhecer as formas evolutivas do plasmódio constitui recurso valioso para o imediato reconhecimento de pacientes com impaludismo, particularmente dos casos com sinais e sintomas de gravidade para administrar-lhes tratamento e evitar agravamento ainda maior que possa conduzir ao óbito", diz ele.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.