Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=73005
27 de Out de 2009
A campanha de imunização contra a poliomielite do Distrito Sanitário Indígena do Leste (Dsei Leste) da Coordenação Regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) superou a meta de 95 % estipulada pelo Ministério da Saúde e atingiu a marca de 104% de cobertura vacinal entre as crianças indígenas de 0 a 5 anos.
A técnica responsável pela imunização do Dsei, Alexsandra Kisseloff de Aquino, informou que foram vacinadas 5.888 crianças indígenas e aplicadas 6.142 doses de vacina. Ela explica que a diferença de números de crianças para o de doses aplicadas e a marca de 104% de cobertura se dá em virtude da presença de famílias com crianças vindas da Venezuela, Guiana e até da sede dos municípios encontradas nas aldeias durante o período de campanha.
"É comum encontramos famílias de indígenas venezuelanos e guianenses no lado brasileiro, e como lá não tem um programa de saúde como o nosso, aproveitamos e imunizamos também essas crianças", disse.
Para Alexsandra a meta só foi superada este ano devido à logística que o coordenador regional, Marcelo Lopes, colocou à disposição das equipes. "Este ano houve um planejamento maior e a coordenação colocou carros, aviões, barcos e insumos suficientes à nossa disposição, e o resultado não poderia ser outro", disse.
Outro ponto destacado pela técnica foi quanto aos novos sistemas de rádios distribuídos este ano nas aldeias. "A comunicação também foi muito importante. Através do rádio, podemos informar a todas as comunidades sobre a necessidade de ficarem nas aldeias para serem vacinados, e eles atenderam ao pedido e isso contribuiu muito para o sucesso da campanha", afirmou. "Nos sentimos muito felizes em conseguir alcançar nossa meta e poder dizer que nossos indígenas estão vacinados, já que aproveitamos a campanha para atualizar as vacinas dos adultos", disse.
O coordenador Marcelo Lopes disse que o resultado da campanha reflete no conjunto de mudanças iniciadas no ano passado na coordenação de Roraima. "Isso é reflexo do trabalho que implantamos na Core, com a valorização do servidor, capacitações nas diversas áreas, aquisição de material permanente, carros, barcos e radiofonia, o que resultou em mais comprometimento das equipes e uma nova visão de fazer saúde indígena em Roraima", ressaltou.
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.