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Funasa reduz malária em 50% nas áreas indígenas da Amazônia

Gazeta de Cuiabá-MT
14 de Fev de 2002

A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) conseguiu reduzir em 50% o número de casos de malária nas áreas indígenas. No ano 2000, foram registrados 26.838 casos de malária entre índios dos nove Estados da Amazônia Legal: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, contra 13.313 casos comprovados em 2001.
Entre as medidas adotadas pela Funasa para reduzir a doença estão o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, a aquisição e distribuição às áreas indígenas de equipamentos que facilitam a detecção da doença e o transporte dos pacientes, como microscópios, GPS (aparelho para localização, funciona por satélite), barcos e motos, além da implementação da vigilância epidemiológica, com o cadastramento das famílias indígenas, e o estabelecimento de um fluxo de informação entre a Funasa, por intermédio do Departamento de Saúde Indígena (Desai), e as secretarias de Saúde dos estados e municípios.
Entre 2000 e 2001, a Funasa investiu R$ 7,7 milhões na compra de equipamentos e na capacitação de pessoal para reduzir a malária nas áreas indígenas. Em 2002, estão previstos R$ 6,7 milhões na compra de medicamentos, inseticidas, combustível, equipamentos de proteção individual, deslocamentos aéreos, fluvial, terrestre, manutenção de veículos, motores, microscópios e termonebulizadores.
O difícil acesso às aldeias, principalmente no Norte e Centro-Oeste, onde estão concentradas 60% da população indígena, cerca de 365 mil pessoas, fazia com que um caso de malária levasse até uma semana para ser diagnosticado. Atualmente, o diagnóstico da doença nessas áreas pode ser feito entre 24 e 48 horas. A dispersão da população e a mobilidade de alguns povos, como os Yanomami, em Roraima, por exemplo, que em determinadas épocas deixam as suas malocas para trabalhar na roça, ou visitam outros grupos para realizar trocas e casamentos, dificultam o tratamento da malária, que dura entre sete e 21 dias.

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