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Funasa recorre à PF e MPF por temer novo sequestro em aldeias

Midiamax - http://www.midiamaxnews.com.br/view.php?mat_id=545305
Autor: Celso Bejarano Jr.
15 de Set de 2009

Manifestação acontecida na semana passada em Sidrolândia, onde cinco servidores da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) foram feitos reféns pelos índios por ao menos 15 horas, pode comprometer o atendimento médico nas aldeias habitadas por ao menos nove mil índios. Isto porque os servidores do órgão que cuidam da saúde indígena na região temem outros protestos e estariam com medo de seguirem até as aldeias.

Por conta disto, o coordenador da Funasa em Mato Grosso do Sul, Flávio Brito disse ter convocado uma reunião de urgência com os caciques das nove aldeias da região. Ele mandou um ofício narrando o caso ao MPF (Ministério Público Federal), Polícia Federal e Funai. Brito informou que pelo menos 50 servidores da Funasa trabalham diariamente na área do conflito. Eles cuidam da saúde dos índios terena que moram aos arredores das cidades de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, a uns 100 quilômetros de Campo Grande.

Semana passada, um grupo de índios bloqueou o veículo da Funasa que seguia para a Córrego do Meio, uma das aldeias de Sidrolândia. No carro seguiam um médico, duas dentistas e mais dois servidores. Os índios dominaram os reféns e levaram-no para a aldeia Buriti, onde foram mantidos até a madrugada. A Polícia Federal negociou a libertação dos servidores e abriu inquérito para apurar o caso.

Já a Funasa conduz uma investigação administrativa que já teria descoberto que o protesto contou com a participação de índios que trabalham no órgão.

Líderes dos manifestantes disseram que queriam a troca de alguns conselheiros distritais e melhorias no atendimento de saúde, por isto o protesto.

No domingo, a coordenação da Funasa debateu o assunto com os chefes indígenas, em Campo Grande. Ainda assim, o clima permaneceu tenso.

A Funasa já foi alvo de CPI por conta de suposto desvio de recursos que deveriam ser destinados à saúde indígena.

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