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Funasa planeja atendimento aos índios yanomami no próximo ano

Folha de Boa Vista-RR
08 de Nov de 2001

O levantamento do planejamento estratégico do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), para o próximo ano será definido até amanhã em oficina realizada no auditório do Hotel Itamaraty.
Além das necessidades básicas da população indígena yanomami, o levantamento vai identificar os problemas que poderão ser enfrentados no próximo ano, para serem apresentadas soluções e garantir a supervisão pela Funasa.
Para resolver os problemas, o coordenador da Fundação, Ipojucan Carneiro da Costa, disse que é preciso conhecer as necessidades das instituições parceiras para cada iniciativa que poderá ser desenvolvida dentro das áreas indígenas do Distrito.
Só a partir deste levantamento é que poderá ser definido o montante de recursos necessários para desenvolver a assistência em cada área. "Hoje precisamos construir postos, pólos-base e realizar reformas estruturais", disse Ipojucan.
Como cada área de assistência tem necessidades específicas, o coordenador explicou que os orçamentos a serem definidos esta semana serão direcionados às respectivas políticas de atendimento desenvolvidas no Distrito do Estado de Roraima.
Mesmo com dificuldades, a Funasa conseguiu controlar as doenças nas comunidades indígenas. Houve redução considerável, por exemplo, na mortalidade infantil. Em algumas doenças, o percentual de redução chegou a 50%.
Isso pode ser atribuído, segundo Costa, aos investimentos feitos com o novo modelo de atendimento à saúde, através das ongs (organizações não-governamentais), que proporcionam a possibilidade de contratar recursos humanos.
DOENÇAS
Hoje as doenças que mais afligem as comunidades atualmente são as infecções respiratórias, cuja incidência é elevada por causa da baixa resistência dos indígenas nas regiões, além da malária e tuberculose.
O reflexo do atendimento implementado pelo novo modelo, conforme a Fundação Nacional de Saúde, aumentou a expectativa de vida dos índios e a fertilização das mulheres, elementos fundamentais para o crescimento da população.
Mas, para Ipojucan Costa, ainda restam obstáculos. "Queremos integrar e definir parcerias entre os prestadores de serviços. Apesar do tempo de trabalho, ainda não estabelecemos um relacionamento mais estreito", afirmou, referindo-se às instituições.
Na sua avaliação, para construir um Distrito Sanitário é preciso superar estas questões, ter melhor comunicação e as instituições envolvidas cumprirem as metas previstas dentro da programação voltada para o atendimento das áreas indígenas.

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