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Funasa faz denúncia de vandalismo em ocupação

A Crítica-Manaus-AM
Autor: Ney Mendes
20 de Mar de 2006

Índios armados durante a ocupação da sede da Fundação Nacional de Saúde em Manaus na semana passada

Agressão a servidores, roubo de materiais como fitas de vídeo, fita de filmadora, câmera fotográfica digital, microcomputador portátil (notebook), filmadora de vídeo, arrombamento de armários, destruição de aparelhos telefônicos, bebedouros e ameaças foram as principais acusações feitas ontem contra os índios que ocuparam no último dia 13 o prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), pelo coordenador do órgão, Francisco Aires.
A ocupação, que durou três dias, teve como justificativa a reivindicação do repasse das verbas conveniadas com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) para programas de saúde indígena, mas, segundo Francisco, resultou em atos de vandalismo pelos cerca de 60 índios de várias etnias.

O coordenador afirma que após a desocupação, a Polícia Federal foi chamada para fazer perícia no material danificado e o Ministério Público foi comunicado para que seja instaurado um inquérito policial para se averiguar a responsabilidade dos autores pela destruição do patrimônio público.

A perícia avaliou também um automóvel que teria sido quebrado e deixado pelos indígenas em uma via pública da cidade quando foram abordados por um guarda de trânsito. Ele revelou que todos os contratos com os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) estão em dia, mas que há atraso no repasse da prestação de contas do mês de dezembro, o que pode provocar futuramente, problemas com o repasse das verbas.

Uma nota de repúdio foi divulgada pelos servidores da Funasa, reprovando as invasões indígenas nos prédios da Funasa. Francisco de Assis Lima, representando os servidores, lamentou as agressões e humilhações sofridas pelos servidores durante a ocupação do prédio do órgão pelos índios, lembrando que há atraso no repasse das verbas, há 12 anos eles não têm reajuste salarial, mas nem por isso agridem e danificam o patrimônio público.

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