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Funasa diz que continuará investigação e identificação de casos de gripe suína entre índios

Agência Brasil - www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2010/01/12/materia.2010-01-12.2669233725/view
Autor: Amanda Mota
12 de Jan de 2010

Manaus - A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) informou hoje (12) que não irá deixar de investigar e notificar casos suspeitos de influenza A (H1N1) - gripe suína entre a população indígena brasileira mesmo que sejam casos leves. A recomendação do Ministério da Saúde, desde o dia 1 de janeiro, é que seja feita a coleta de material biológico e notificação apenas nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

De acordo com a direção da Funasa, todos os Distritos de Saúde Indígenas (Dseis) foram orientados para que continuem monitorando e registrando todos os casos de síndrome gripal. O objetivo é que todos os casos - agudos ou não - sejam notificados e tratados adequadamente.

Nos últimos dias, aldeias indígenas Yanomami, localizadas na região de Santa Isabel do Rio Negro (a 630 quilômetros de Manaus), no noroeste do Amazonas, foram visitadas e monitoradas por uma equipe médica da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e da Funasa, depois da confirmação de dois casos de gripe suína na área. As vítimas foram os índios Eniodo e Alfredo Yanomai, ambos da mesma aldeia. A Funasa também aguarda resultado do exame de um menino Yanomami com suspeita de ter contraído a doença.

Segundo o presidente da instituição, Danilo Forte, a preocupação é com a vulnerabilidade das populações indígenas às doenças respiratórias, em função das condições socioeconômicas e até de práticas relacionadas com as tradições culturais.

O secretário adjunto do interior do Amazonas, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), Evandro Melo, disse que a FVS e a Funasa estão montando um protocolo para atendimento de indígenas a fim de evitar que haja transmissão da doença para outras aldeias. Segundo ele, esses indígenas são nômades e costumam transitar com frequência entre as cidades de Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira - todas no Amazonas - além de Roraima e Venezuela.

"Nesse protocolo, determinamos a descentralização da medicação para que os indígenas possam ser tratados na própria aldeia caso haja necessidade. A ideia é evitar a movimentação de índios gripados de uma aldeia para a outra e impedir, assim, a circulação do vírus e evitar novos casos", destacou.

De acordo com a Funasa, até o dia 25 de novembro do ano passado, foram registrados 380 casos de influenza A (H1N1) - gripe suína entre indígenas no país, dos quais dez resultaram em morte - três no Rio Grande do Sul, dois em São Paulo e cinco em Mato Grosso. Na próxima segunda-feira (18), a Funasa divulgará um balanço sobre a ocorrência de gripe suína entre indígenas em 2009.

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