Jornal do Commercio-Manaus-AM
02 de Mar de 2005
Fechada há 56 dias, a Funai (Fundação Nacional do Índio) deverá reabrir em breve, com um aborígene em sua direção regional, garantiu ontem o deputado Francisco Balieiro (PMDB), depois de uma reunião de uma hora e meia com lideranças indígenas e representantes da Funai, quando se negociou um termo de ajustamento de conduta como solução para a crise que agitou a opinião pública do Estado nos últimos dias.
Presidente da Comissão de Assuntos Indígenas da Assembléia Legislativa, Balieiro convenceu os índios de que o termo de conduta será a base para que a Funai retome suas atividades e no prazo de 45 dias seja realizado um amplo levantamento sobre a sua real situação. Dentro desse prazo, uma comissão irá a Brasília para tratar junto ao ministro da Justiça, Márcio Tomaz Bastos, da questão relacionada a demarcação das terras dos índios Mura nos municípios de Autazes, Careiro e Manaquiri. Assegurou o deputado estar decidido que um índio deverá assumir o comando da Funai em Manaus.
O nome indicado será resultado de um consenso a ser formado no âmbito da comissão indígena que irá a Brasília se entender com Tomaz Bastos. A Assembléia Legislativa, considerou ele, dará o seu aval à questão através de uma moção de apoio que terá a assinatura dos deputados sensíveis à causa indígena no Amazonas.
Francisco Balieiro disse que a crise entre os índios e a Funai acabou com um final feliz e que as reivindicações dos aborígenes serão contempladas pelo governo federal sem maiores problemas. "Nós estamos trabalhando para que os direitos dos índios sejam respeitados", revelou.
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