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Funai recolhe artesanato indígena

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Autor: Daniel Pettengill
16 de Jun de 2004

Os escritórios regionais da Fundação Nacional do Índio (Funai) em todo o país já estão recolhendo das lojas especializadas todos os artefatos indígenas confeccionados com subprodutos de animais silvestres.

Um memorando assinado pelo presidente do órgão Mércio Pereira Gomes, no dia 20 de maio, determina que sejam suspensas de imediato a compra e venda desses artigos. Em Mato Grosso os produtos estão sendo retirados do depósito da loja que pertence ao programa Artíndia, no Centro de Cuiabá. Ao todo existem sete lojas do ramo espalhadas pelo Brasil.

A medida foi tomada para garantir a proteção às espécies animais que constam como ameaçadas de extinção pela legislação nacional. A idéia é suspender o comércio desses produtos enquanto não for feito um estudo racional e sustentável sobre a sobrevivência de algumas espécies. "A decisão da Funai é de não mais comprar os produtos até que se organize um plano de manejo correto, autorizado pelos órgãos ambientais", explica o administrador regional da Funai em Mato Grosso Ariovaldo Santos.

Entre os produtos agora proibidos de comercialização estão colares, cocares e indumentárias indígenas usadas nas cerimônias.

Em Mato Grosso, a medida pretende resguardar espécies de araras, pica-paus e tucanos. Segundo Santos, uma alternativa seria repetir o sistema de extração de materiais do jacaré, que são criados em cativeiro com autorização do Ibama. Os produtos recolhidos serão levados para museus, universidades e para exposição em eventos.

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