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22 de Abr de 2014
Mais de 200 estudantes, entre 11 e 16 anos, puderam conhecer um pouco mais sobre os índios isolados e de recente contato na última terça-feira (15) no Serviço Social da Indústria (SESI) do Gama (DF). A Fundação Nacional do Índio, por meio da Coordenação-Geral de Índios e Recém-Contatados, participou do evento a convite de um aluno da instituição, que organizou uma apresentação sobre o Dia do Índio para alunos do Ensino Fundamental e do 1o ano do Ensino Médio. Filho de mãe indígena, Welligton Karajá falou para o público formado por alunos e professores, sobre costumes, mitos e disputas da sua etnia, Karajá. "Eu me identifico com o tema e gosto de apresentar para os colegas conhecerem", disse.
O coordenador-geral de Índios Isolados e Recém Contatados, Carlos Travassos, explicou para os estudantes o papel da Funai e fez uma contextualização histórica do contato com os indígenas desde a chegada dos portugueses no país, passando pelo Serviço de Proteção aos Índios - SPI, até a política indigenista atual. Carlos Travassos contou sobre o trabalho dos sertanistas e técnicas de atração, mas o que chamou a atenção do público foram as imagens dos índios isolados. "Se o ambiente estiver protegido, com água limpa e floresta em pé, essas populações terão condições de continuar vivendo e reproduzindo sua cultura. Mas atividades ilegais dentro da terra indígena, como garimpos e exploração madeireira, representam um risco para a vida desses grupos", explicou Travassos.
A aluna do 7o ano, Carolina Diene Silva, 12 anos, disse que já tinha assistido várias reportagens sobre indígenas, mas desconhecia os possíveis impactos do contato. "Eu não sabia que as nossas doenças, como a gripe, faziam mal para os índios. Também fiquei impressionada com o tamanho das malocas, não sabia que morava tanta gente junta!", disse.
A palestra faz parte das atividades realizadas durante o mês de abril pela campanha Abril Indígena.
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