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Funai intercepta 10 cargas de madeira no MA

Site da Funai -Brasília-DF
26 de Ago de 2004

A apreensão de dez caminhões que transportavam 52 toras de madeiras nobres, no estado do Maranhão, extraídas nas terras indígenas de Caru e Awa-Guajá, no final da semana, reafirma os bons resultados de operações ambientais desencadeadas pela Administração Regional de São Luís, desde setembro de 2003. Com esta ação e os leilões de milhares de metros cúbicos de madeiras apreendidas nos últimos 11 meses, Aer de São Luís já arrecadou R$ 380.517.000. Os recursos já estão sendo aplicados em benefício das comunidades indígenas onde ocorrem as operações, explicou a administradora Elenice Vianna.

A fiscalização e vigilância de Terras Indígenas têm sido uma das prioridades da Aer de São Luis, que conta com a cooperação do Ibama e da Polícia Federal. A maioria das ações da força-tarefa se concentra no limite Norte da T.I. Alto Turiaçu, as áreas mais cobiçadas pelos madeireiros.

O trabalho de vigilância e fiscalização das Terras Indígenas está sendo desenvolvido pela Funai por meio de sua Coordenação Geral de Patrimônio Indígena e meio Ambiente (CGPIMA) e pela Aer/São Luis. "O resultado tem sido muito positivo: foram apreendidos alguns milhares de metros cúbicos de madeiras de várias espécies, serrarias foram fechadas e alguns invasores estão presos", comenta a administradora.

Retorno garantido - Conforme Elenice Vianna, além de reduzir os danos ao meio ambiente, sobretudo a devastação de florestas em terras indígenas, as comunidades saíram ganhando porque vários projetos comunitários foram desenhados e executados em um curto espaço de tempo. Para isso, foi baixada a Portaria no. 991/PRES, de 27 de julho de 2004, que aprovou o plano de aplicação de recursos provenientes de leilões de madeira extraída ilegalmente. A mesma portaria prevê projetos de apoio a bovinicultura e outras atividades produtivas, aquisição de equipamentos e melhoria de infra-estrutura dos Postos Indígenas.

Nesta etapa de aplicação destes recursos será beneficiada uma população de 1.152 índios das etnias Ka'apó, Guajá e Timbira. Elenice explicou ainda que desde o início das operações as comunidades indígenas do Maranhão estão sendo observadas por uma base de vigilância, o que tem evitado a entrada de novos invasores

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