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FUNAI instalará postos fixos em reserva

Imirante
18 de Nov de 2007

IMPERATRIZ - A administração regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) anunciou a criação de uma base fixa de fiscalização dentro da área indígena Araribóia. O estudo dessa proposta está em andamento e o local da base deverá ser anunciado nos próximos dias.

Essa é apenas uma das novas estratégias adotadas pela Funai, que também está treinando os próprios índios para atuarem como fiscais. "Em Amarante, os indígenas foram capacitados pela própria fundação e pelo Ministério do Meio Ambiente para deter qualquer caminhão madeireiro que trafegar ilegalmente em suas terras. Os índios não têm poder de prisão, mas têm autorização para deter o elemento devastador e comunicar o fato à autoridade policial", ressalta o indigenista José Pedro dos Santos.

"A outra boa notícia que queremos divulgar é que a Funai fará a viventação da área, ou seja, a limpeza de todo o limite da área, o que deve demorar de seis a oito meses. Durante esse período, todo o limite da área terá pessoal nosso. Pensamos que, nesse período, ninguém invadirá a área", anuncia José Leite Piancó, administrador regional da Funai em Imperatriz.

A prioridade da regional hoje é a proteção do grupo de aproximadamente 30 guajás, etnia remanescente de outras da época do Descobrimento do Brasil, que a Funai suspeitava não existir mais. Um acampamento será montado na região deles.

Para José Piancó, a questão agora é simplesmente de tempo, para que toda a área indígena seja protegida. Ele adiantou que as ações contra madeireiros foram intensificadas e mandou um recado aos exploradores: "Graças a Deus esse círculo se fechará e eu acredito que as pessoas que sobrevivem da extração da madeira da terra indígena, principalmente da Região de Arame, Amarante, Buriticupu e Bom Jesus das Selvas, devem se conscientizar e procurar outro ramo de trabalho ou procurar madeira de forma legal para trabalhar, uma vez que dentro da terra indígena Araribóia, daqui para frente, será difícil invadir". No meio da semana passada, o Exército iniciou a montagem de uma base na Região de Arame, para dar maior suporte à Operação Araribóia, que não tem prazo para ser encerrada.

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