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Funai designa procuradores para defender índios

Clipping da 6ªCCR do MPF
18 de Mai de 2007

A Fundação Nacional do Índio (Funai) em Mato Grosso deve dispor dos procuradores do órgão para defender os seis índios da etnia Trumai, arrolados na denúncia do Ministério Público Federal e com prisão decretada pela Justiça Federal. Apenas três estão encarcerados em Sinop. São eles o cacique Ararapan Trumai, o filho dele, Maitê Trumai e Hulk Trumai.
Os demais, Gaúcho Trumai, Itaqui Trumai e Mirim Trumai não foram encontrados pela PF. O administrador regional da Funai no Estado, Carlos Márcio Vieira Barros, explica que o Parque Indígena Xingu (PIX) está sob a responsabilidade da administração central da Funai em Brasília. "Eles devem mandar um advogado para representar os Trumai, mas se for necessário, um dos três procuradores do órgão no Estado pode exercer esse papel". Barros comenta que esta não é a
primeira vez que índios aceitam suborno para permitir crimes ambientais. Ele reconhece que muitos, como os Trumai, tinham consciência de que faziam algo errado. "Antigamente, os índios, inocentemente, eram aliciados por madeireiros a admitir a exploração florestal ilegal e não eram presos. Hoje as coisas mudaram". Ele aponta que outras nações na região de Comodoro são coniventes com os crimes ambientais na região do Vale do Guaporé, próximo à fronteira com a Bolívia.

PIX - Em 2005 a área desmatada do PIX foi de 8 mil hectares, o equivalente a 40 mil metros cúbicos de madeira de lei, capazes de abastecer 2 mil caminhões. A área total do parque é de 30 mil metros quadrados e abriga 17 aldeias e dezenas de etnias. O delegado executivo da PF, Antônio Maria Fonseca, ressalta que apenas os Trumai aceitavam o desmatamento ilegal na reserva indígena.

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