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Funai de Amambai cobra MPF sobre situação em reserva

MPF em Pauta
22 de Jan de 2007

O clima na Reserva Indígena de Amambai, onde confronto provocado pela disputa do controle
da aldeia deixou quatro moradores feridos, dois deles baleados e um esfaqueado neste
domingo (21), continua tenso. O motivo seria a permanência dos indígenas envolvidos no
conflito, que se recusam a deixar o local. Eles tentam evitar uma provável prisão, caso fique
comprovado a autoria do atentado.
Conforme explicações do administrador substituto da Fundação Nacional do Índio (Funai),
Gildo Martins, o órgão vai enviar ainda nesta segunda-feira (22 de janeiro), relatório sobre os
fatos ocorridos no domingo para a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal(MPF),
ambos em Dourados, cobrando uma solução para o problema.
"Neste caso, a Funai não pode tomar nenhuma ação, a questão compete às forças policiais e
ao ministério público. Eles devem apontar uma saída para o conflito gerado pelos indígenas de
Amambai, e aplicar a punição cabível", relatou Martins.
O desentendimento teria se dado entre os grupos comandados por Rodolfo Ricardo (atual
capitão da aldeia) e Italino Vasque (vice-capitão). O "grupo" liderado por Vasque realizava
uma reunião no posto indígena. Ricarte e outras pessoas próximas ao capitão teriam chegado
ao local. Os desentendimentos teriam durado, pelo menos, dez minutos, conforme relatos de
testemunhas.
Hermes Quavedo (43 anos) sofreu cortes na cabeça e braço, além de fraturar o pulso
esquerdo. Erculano Benites (41) foi baleado, mas sem gravidade; e Cassimiro Lemes (50) teve
a perna esquerda fraturada. Os três seriam simpáticos ao vice-capitão, e residem na aldeia
Amambai.
O quarto ferido, também morador da comunidade, foi identificado como Celino Fernandes (53).
Ele foi esfaqueado na barriga e em uma das mãos, mas não corre risco de morte. Este foi o
primeiro confronto em um ano dentro da reserva indígena amambaiense.

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