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05 de Jan de 2010
A Fundação Nacional do Índio (Funai) vai lançar edital para contratação de 3,1 mil pessoas em todo o país. Os cargos deverão ser preenchidos até 2012. A medida está prevista no decreto de reestruturação do órgão assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no final do ano passado.
Conforme o presidente da Funai, Márcio Meira, mais de 3 mil vagas serão preenchidas por meio de concursos públicos e 85 cargos serão ocupados por funcionários comissionados. A maioria dos ocupantes das novas vagas atuará em áreas indígenas, com contato direto com os índios.
Inicialmente será realizado concurso para contratação de 425 novos empregados já em 2010. O edital do processo, sendo 200 vagas para indigenista especializado (nível superior), 150 para agente em indigenista (intermediário) e 75 para auxiliar em indigenismo (fundamental), deverá ser publicado ainda este mês. Os salários variam entre R$ 1,6 mil a R$ 2,5 mil.
São vagas para profissionais na área administrativa, como economistas e contadores, sociólogos, antropólogos, geólogos, engenheiros agrônomos, entre outros que vão ajudar os índios na elaboração de projetos. Além de servidores na área de auxiliar.
De acordo com o administrador regional da Funai, Gonçalo Teixeira, o número de vagas por Estado ainda não foi definido, mas devido à quantidade de indígenas localizados na Região Norte, a maior parte das vagas será destinada para a região. Só em Roraima a população indígena chega a quase 44 mil índios, distribuídos em 32 reservas demarcadas e homologadas.
"A maioria das vagas será destinada para a Região Norte porque há uma carência maior de servidores, principalmente especializado. A ideia é fazer um concurso regionalizado, para evitar evasão de servidores para o Sudeste e Centro-Sul", informou.
A reestruturação, segundo Teixeira, vem atender os anseios dos 2,4 mil funcionários atuais da fundação e, principalmente, dos índios através de suas organizações. A mudança visa dar mais agilidade no atendimento aos povos indígenas.
Dentro das alterações haverá a descentralização de algumas coordenações. Cada Estado que possui uma quantidade expressiva de indígenas terá uma estrutura maior, possibilitando aliar mais qualidade ao atendimento.
Uma comissão foi criada, coordenada por assessores diretos da Funai, para fazer um diagnóstico em todo o país com relação ao déficit de servidores e carência de estrutura. A comissão apresentou um relatório que culminou na medida criada através do decreto.
A reestruturação da Funai faz parte de uma série de ações do governo federal voltadas para o fortalecimento da instituição em 2010, quando serão comemorados 100 anos do indigenismo no Brasil. O objetivo do governo é aprimorar a estratégia de abordagem e o tratamento dos índios. (V.L.)
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