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Fotos aéreas vão compor banco de imagens do Parque Nacional de Fernando de Noronha

ICMBio - www.icmbio.gov.br
Autor: Carlos Oliveira
29 de Jul de 2009

A fascinante natureza do Parque Nacional (Parna) Marinho Fernando de Noronha acaba de ser registrada do alto. Na segunda-feira (27), as fotógrafas Marta Granvile e Zaira Matheus, a bordo do avião do casal de ativistas ambientais Gérard e Margi Moss, juntamente com a chefe do Parna, Fabiana Bicudo, sobrevoaram a ilha por quase uma hora. Além da experiência única do voo em baixas altitudes num dos santuários naturais mais lindos do planeta, elas registraram visuais deslumbrantes em centenas de fotografias. Esta é a primeira vez que a gestão da Unidade de Conservação (UC) consegue montar um banco de imagens aéreas desde a sua criação, em 1988.

Normalmente, contratar um avião para esse tipo de trabalho é muito dispendioso, mas, neste caso, não custou um centavo sequer. Isso porque o casal Moss, responsável pelo projeto Brasil das Águas, passava por Noronha e, ao conversar com Fabiana, souberam do desejo dela de fazer essas imagens. Então, de pronto, ofereceram a aeronave para fazer o sobrevoo. "Eles chegaram a Fernando de Noronha após passar por Natal (RN). Aqui fizeram contato com as unidades de conservação e se ofereceram a nos ajudar depois de saber dessa necessidade. Fui apresentada a eles e indicada para recebê-los. Assim, tivemos a oportunidade de conversar sobre o trabalho do ICMBio na ilha," conta Fabiana Bicudo.

E não poderiam escolher melhor horário do que o entardecer para começar os trabalhos. Era mais ou menos 17h30 quando decolaram. O voo se deu em altitudes de 1.000 a 2.000 pés, para que fossem tiradas fotos panorâmicas e algumas de pontos-chave e mais emblemáticos do parque nacional. "Fotografamos o arquipélago em panorâmica, visto da Ponta da Sapata, extremo do Parna. Em altitudes mais baixas fizemos imagens da Praia do Leão, Baía do Sueste, Praia do Sancho, Baía dos Golfinhos e Baía dos Porcos," detalha.

Marta Granvile e Zaira Matheus, as responsáveis pela captura das imagens, são parceiras da UC. "Neste ano assinamos contratos de autorização, estabelecendo vinculo formal com algumas empresas que trabalham com imagens do Parque Nacional. As fotógrafas são agora parceiras da gente e autorizadas como prestadoras de serviço," explica Fabiana.

As fotógrafas estão editando as imagens que, nos próximos dias, estarão à disposição do Parna. Por enquanto, o internauta pode apreciar duas fotos enviadas em primeira mão para o site do Instituto Chico Mendes (ICMBio). Mas em breve todas vão estar expostas no Centro de Visitantes do parque. Esta aliás, não será a única atribuição das fotografias. Elas também darão subsídios à gestão da unidade conservada. "Além de entender melhor as ocupações adjacentes à área do parque, as imagens serão utilizadas, adicionalmente, em materiais informativos e de educação ambiental," adianta a chefe do parque.

Em função dessa grande funcionalidade que as fotografias terão, Gérard Moss enaltece a alegria em ter podido ajudar e considera a iniciativa também uma retribuição ao apoio que recebe da Petrobras para tocar o projeto Brasil das Águas. Ele, inclusive, deixa claro o interesse por colaborar ainda mais com as unidades de conservação existentes no país. "Para nós, é sempre um prazer muito especial poder contribuir," afirma.

Brasil das Águas - O projeto, inédito no mundo, foi idealizado por Gérard Moss, e percorre todo o país coletando amostras de água doce a bordo de um avião anfíbio. Em 2004, por causa dessa iniciativa, ganhou o prêmio ambiental Von Martius. Para saber mais sobre os trabalhos do casal Moss acesse www.brasildasaguas.com.br.

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