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Força Nacional é enviada para região do MS onde índio foi morto

FSP- http://www1.folha.uol.com.br
16 de Jun de 2016

O Ministério da Justiça autorizou o envio de tropa da Força Nacional ao município de Caarapó (MS), onde um ataque de fazendeiros a guaranis-kaiowá deixou um índio morto e ao menos cinco feridos.

Segundo nota da pasta, a decisão foi tomada nesta quarta (15) pelo ministro Alexandre de Moraes após solicitação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

"A Força Nacional irá auxiliar as Polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, a fim de restabelecer a ordem pública e preservar a incolumidade das pessoas e do patrimônio", diz o comunicado.

O confronto aconteceu na terça (14) após os índios entrarem em uma fazenda do município de Caarapó (MS) e a reivindicarem como terra tradicional. Em resposta, os fazendeiros cercaram e atacaram os indígenas. O agente de saúde Cloudione Rodrigues Souza, de 26 anos, foi morto a tiros.

"O jovem agente foi morto covardemente por homens armados que atiraram em cerca de mil indígenas, incluindo quatro agentes de saúde indígena, que estavam reunidos no território próximo à aldeia Teikuê quando foram surpreendidos por homens armados em aproximadamente 60 veículos (caminhonetes)", afirmou, em nota, o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde em Brasília, Rodrigo Rodrigues.

A CGY (Comissão Guarani Yvyrupa), que representa índios guaranis do sul e sudeste brasileiro afirmou que o episódio "foi um massacre" cometido pelos fazendeiros.

O local do conflito foi uma das áreas declaradas como terra indígena nas últimas semanas da gestão da presidente Dilma Rousseff, afastada em 12 de maio para responder a processo de impeachment. Com Michel Temer no poder, lideranças indígenas temem revogação.

O advogado Gustavo Passarelli, assessor jurídico da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), que representa 69 sindicatos com cerca de 55 mil produtores rurais, disse que a entidade tem orientado seus filiados a "ficarem dentro da legalidade, aguardar as decisões do Poder Judiciário" e evitar "qualquer ação que envolva violência".

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1782321-forca-nacional-e-env…

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