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Foirn participa da Assembleia Anual da RCA em Brasília

Foirn - https://foirn.wordpress.com/2023/03/02
02 de Mar de 2023

Foirn participa da Assembleia Anual da RCA em Brasília

A Rede de Cooperação Amazônica (RCA) realizou a Assembleia Anual de 2023 entre os dias 28 de fevereiro e 02 de março, em Brasília - Distrito Federal com a participação de representantes de 14 de suas organizações-membros, a Secretaria Executiva e o Conselho Político da Rede, a Rainforest Foundation da Noruega (RFN), que apoia a Rede desde a sua criação.

Durante a Assembleia, foi trabalhada como pauta prioritária a cooperação das organizações indígenas e indigenistas que compõem a rede nos diferentes eixos temáticos de atuação da RCA. Foram discutidas e pactuadas pelas organizações as diretrizes e encaminhamentos que a Rede de Cooperação Amazônica seguirá no futuro.

O evento contou com a participação das coordenações de suas organizações membro no lançamento da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados, junto com a Deputada eleita pelo estado de Minas Gerais, Célia Xakriabá.

RCA recebeu a colaboração em suas pautas técnicas da especialista do Observatório do Clima, Suely Araújo, da coordenadora do Programa Xingu do Instituto Sócio Ambiental (ISA) Biviany Garzón, e o coordenador da Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais - IRI Brasil.

A diretora da RFN, Anna Bjorndal, e o oficial do Programa Brasil da RFN, Fernando Mathias, lideraram um painel e uma conversa com a RCA sobre a atuação da RFN e o seu programa no Brasil.

A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) estava representada pelo diretor presidente Marivelton Rodrigues do povo Baré e a diretora Janete Alves do povo Dessana. Onde também foi pautado e discutido o tema sobre a situação de Redd+ e credito de carbono e suas complexidades e, o quanto ainda tem a ser discutido sobre a temática na região do Rio Negro de abrangência da Foirn.

 Marivelton Baré disse que conversou com os parceiros sobre esse tema, no qual foi decidido que na reunião do Conselho Diretor da Foirn, terá a participação de uma equipe para poder explanar sobre o tema, para que as lideranças das coordenadorias regionais possam ter conhecimento profundo do assunto e suas consequências.

"Combinei com parceiros e entendedores também da temática, que na nossa reunião do Conselho Diretor vai uma equipe delegação para poder explanar esse tema e assim as lideranças regionais possam estar se aprofundando no assunto e vendo a tamanha que é isso. Por exemplo, hoje ainda não se tem um cálculo absoluto de quanto está uma mínima quantidade de área para carbono e também existe experiência a partir de outros países e uma área no Brasil e o que estamos buscando levar para poder ser apresentado a todos nós aí na região através da FOIRN".

"Esses grupinhos que estão correndo atrás de assinaturas e prometendo nas comunidades, estão perdendo o tempo deles, por aqui não vão conseguir emplacar isso. Falamos sobre isso também no Ministério do Meio Ambiente (MMA), tudo ai no território do Rio Negro será através da FOIRN." Completou Marivelton Baré.

Na Assembleia também se definiu a continuidade da Secretaria Executiva pelo Sr. Luis Donizete Gropione, pautando que a próxima assembleia possa pautar uma avaliação sobre o fortalecimento da Rede e sua autonomia e também possam ter uma transição duradoura para uma nova secretária executiva quando chegar o momento.

Origem

A RCA originou-se em 1996 de uma Rede de Aliança Latino Americana congregando organizações apoiadas pela Rainforest Foundation da Noruega - RFN. Esta agência de cooperação internacional incentivou a articulação das organizações que apoiava em diferentes países da América Latina, com vistas a trocarem experiência entre si e difundirem seu trabalho. Em 1997, criou-se uma seção brasileira dessa rede que em 2000 tornou-se independente, originando uma articulação nacional em torno da questão indígena dos parceiros brasileiros da RFN. Essa articulação formalizou-se como RCA - Rede de Cooperação Alternativa, que em 2013 teve seu nome reformulado para Rede de Cooperação Amazônica (mantendo sua sigla: RCA).

Missão

A RCA tem como missão promover a cooperação e troca de conhecimentos, experiências e capacidades entre as organizações indígenas e indigenistas que a compõem, para fortalecer a autonomia e ampliar a sustentabilidade e o bem estar dos povos indígenas no Brasil.

O objetivo principal da RCA
Como objetivo principal, a RCA visa promover a articulação e o protagonismo político dessas organizações em torno de temas estratégicos voltados para a sustentabilidade e governanças locais nas terras indígenas; reconhecimento público do papel fundamental que os povos indígenas desempenham na conservação das florestas; fortalecimento das organizações indígenas e indigenistas na defesa dos interesses e direitos indígenas na Amazônia e aprimoramento das políticas públicas indigenistas e ambientalistas.

Organizações membro
A RCA é constituída hoje por 14 organizações, sendo 10 indígenas (AMAAIAC, AMIM, Apina, ATIX, CIR, FOIRN, Hutukara, OGM, OPIAC e Wyty-Catë) e 4 indigenistas (CPI-AC, CTI, Iepé e ISA), representantes de mais de 86 povos indígenas que vivem no bioma da Amazônia e no seu entorno, especialmente nos corredores formados pelas terras indígenas nas seguintes regiões: Acre-Javari/AM; Rio Negro-Roraima; Bacia do Xingu/MT; Amapá-norte do Pará e Complexo Timbira/MA-TO. Enquanto uma rede de articulação, a RCA desenvolve atividades que direta e indiretamente atingem mais de 136 mil índios, de ambos os sexos e todas as faixas etárias, habitantes das 93 terras indígenas da região amazônica abrangidas pela ação das 14 organizações indígenas e indigenistas que a integram, habitantes de um território que soma cerca de 47 milhões de hectares de floresta.

Em comum, além da maioria das organizações membro serem parceiras da Rainforest Foundation Norway - RFN, todas as organizações que integram a RCA atuam na Amazônia brasileira, mantêm fortes afinidades políticas, temáticas e metodológicas em seus trabalhos junto a diferentes povos indígenas e vêm buscando, nos últimos anos, influenciar as políticas públicas dirigidas aos índios. O campo de ação dessa articulação foi delimitado pelas organizações membro em termos da realização de atividades coletivas de intercâmbios interculturais, seminários temáticos, encontros regionais, formação de quadros e capacitações, produção e difusão de publicações, monitoramento das políticas públicas indigenistas e ambientalistas e incidência política.

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