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Autor: José Câmara
30 de Ago de 2024
Fogo já destruiu 70% de terra indígena com 1.700 habitantes no Pantanal
Mais de 370 mil hectares foram devastados pelo fogo em Terras Indígenas no Pantanal. Do total, 99% é apenas na área Kadiwéu, em Porto Murtinho (MS), onde moram cerca de 1700 indígenas.
A Terra Indígena Kadiwéu, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Porto Murtinho, arde em chamas. Mais de 68% do território foi consumido pelo fogo neste ano no local. Brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) atuam dia e noite para conter os incêndios. (Veja o vídeo acima).
Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), o fogo já destruiu cerca de 368 mil hectares da TI Kadiwéu. Nas últimas 48 horas, 180 focos de calor foram registrados em todo Mato Grosso do Sul.
🔥📈Na soma de todas as Terras Indígenas presentes no Pantanal, 371 mil hectares foram consumidos pelo fogo. A maior parte devastada foi na TI Kadiwéu, cerca de 98% do total afetado pelas chamas.
Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), mais de 950 profissionais atuam no combate aos incêndios. Aeronaves, embarcações e veículos pesados também dão apoio à "Operação Pantanal".
O g1 questionou o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) sobre possíveis atuações da pasta na TI Kadiwéu. Entretanto, até a última atualização desta reportagem, nenhum retorno foi enviado.
🔥⚠️O fogo consome o bioma há mais de três meses. Mais 2,5 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas, o que deixa um rastro de devastação ambiental e morte de animais. Para se ter uma dimensão, a área completamente destruída representa mais de 16% de todo o território pantaneiro no Brasil.
A TI Kadiwéu abriga indígenas de três povos: Kadiwéu, Kinikinau e Terena. Ao todo, 1697 indígenas moram na área que tem 539 mil hectares homologados.
Conforme apurado pelo g1, o foco mais recente e intenso na Terra Indígena (TI) Kadiwéu foi registrado por satélites no dia 25 de agosto. Desde então, brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) foram direcionados para conter as chamas.
Cerca de 70 profissionais atuam de forma incansável contra o fogo na região. Não há previsão para finalização do combate no local, de acordo com o chefe da brigada Márcio Yule.
"Não está fora de controle. Temos 70 brigadistas empregados na região. O reforço chegou há duas semanas, mas durante essa operação outros brigadistas já foram empregados na Terra Indígena", comentou Márcio Yule.
https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2024/08/30/terra-ind…
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