Fogo avança na Reserva Biológica do Lago Piratuba, no Amapá

As chamas continuam a atingir o lugar considerado berço ecológico por ambientalistas, no Amapá. Localizada no extremo Leste do Estado, a Reserva Biológica do Lago Piratuba sofre há duas semanas com três focos de incêndio que ameaçam a unidade de conservação que abriga diversas espécies de peixes, tartarugas e aves migratórias.

Uma trincheira de oito quilômetros de extensão é cavada no entorno da área tomada pelo fogo; que ultrapassa três mil hectares. No entanto, o trabalho manual é lento, mesmo com o apoio de 60 pessoas envolvidas na missão, entre brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, Prevfogo no Amapá, e do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela Reserva Biológica do Lago Piratuba. "O trabalho deve levar em média duas semanas. Por enquanto, não há necessidade de reforço pessoal", afirmou técnico da Prevfogo do Amapá, Leozildo Benjamin.

Nesta quinta-feira (13), os brigadistas conseguiram abrir 400 metros de trincheira e a expectativa é que a cada dia o trabalho avance mais rápido, pois a medida que o tempo avança o fogo também cresce; especialmente porquê a área possui vegetação que funciona como um "combustível". A turfa, como é chamada, fica no subsolo e facilita a propagação das chamas.

Benjamin explicou, ainda, que no momento, não há como precisar se as condições climáticas; como o vento ou tempo seco, podem influenciar na proporção do incêndio. "Após abrirmos a trincheira, iremos observar se a medida é suficiente e se o clima pode favorecer ou atrapalhar no controle e combate às chamas", afirmou.

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