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FNMA investe R$ 1 milhão em projetos no noroeste de Minas Gerais



www.ambientebrasil.com.br
05 de Out de 2006

No noroeste do estado de Minas Gerais, um mosaico de áreas protegidas com cerca de um milhão de hectares terá o incentivo de R$ 1 milhão do Fundo Nacional do Meio Ambiente. A região engloba dois parques nacionais (Grande Sertão Veredas e Cavernas do Peruaçu), dois estaduais (Serra das Araras e Veredas do Peruaçu), duas reservas de desenvolvimento sustentável, uma terra indígena (Xacriabás) e uma APA - Área de Proteção Ambiental.

Com os recursos destinados a organizações civis será possível executar um pacote de ações que incluem a proteção dos recursos hídricos, organização da sociedade civil em torno das áreas protegidas, produção de mudas de árvores nativas e organização territorial. De acordo com o diretor do FNMA, Elias Araújo, mesmo diferenciadas, as ações são convergentes e podem ser replicadas para outras regiões.

Ao todo serão beneficiadas cerca de duzentas famílias de extrativistas, trabalhadores rurais, moradores do entorno de unidades de conservação, artesãos, assentados a reforma agrária e servidores públicos que atuam nas UCs.

Entre os convênios já assinados entre o FNMA e os executores do projetos está a recuperação de nascentes na área indígena dos Xacriabás, no município de São João das Missões. O município tem a peculiaridade de ter a maior parte de sua população - cerca de oito mil pessoas - formada por indígenas vivendo na zona rural.

Com o dinheiro repassado pelo Fundo Nacional, a região do mosaico também terá um DTBC - Plano de Desenvolvimento Territorial de Base Conservacionista. Ainda este ano, o FNMA assinará a segunda etapa dos convênios que incluem projetos de monitoramento de grandes felinos na região. Devido à importância desse grupo de animais na cadeia alimentar, o monitoramento das espécies pode ser um importante indicador da qualidade ambiental no mosaico de áreas protegidas.

Mosaicos - Atuação por meio de mosaicos de unidades de conservação é uma das estratégias escolhidas pelos especialistas para garantir maior eficiência na gestão ambiental. A gestão por meio dos mosaicos é relativamente nova no Brasil. Surgiu como estratégia a partir do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, instituído em 2000. O mosaico é fundamental para definir os usos e a conservação dos recursos naturais na fronteira entre as unidades. A integração da gestão de unidades de conservação visa aprimorar iniciativas de fiscalização, monitoramento, implementação de planos de manejo e pesquisas científicas, além de buscar a sustentabilidade financeira para o efetivo funcionamento das unidades que fazem parte do mosaico. (MMA)

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