Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
Autor: RAY ARAÚJO
19 de Ago de 2002
A maioria dos migrantes chega por via terrestre
Depois de um aumento significativo no início do ano, a estatística do departamento de desenvolvimento social da Secretaria de Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes), releva baixa no fluxo migratório nos últimos três meses. Mesmo assim o número de pessoas que entram no Estado pela via terrestre através do Amazonas ainda é maior que as que saem. Até o mês de julho foram registradas 7.672 entradas e 2.587 saídas.
O fluxo maior foi registrado nos primeiros três meses, 4.121 entradas para 1.268 saídas. No mesmo período em 2001 o número de pessoas que chegaram a Roraima foi pouco mais da metade, 2.074, já em 2000, foram 4.492 pessoas que entraram por via terrestre, pelo Amazonas.
Passados os cinco primeiros meses de 2000, os números reduziram, em maio foram registradas 1.530 entradas e passou para 892 em junho. Ao final do ano, o número de registro de pessoas que chegaram ao estado foi menor que em 2001.
Esse ano, a tendência está sendo a mesma de 2000, ano que também foi eleitoral. Nos três primeiros meses deste ano, a média mensal de entrada no Estado foi de 1.373 pessoas, de maio a julho, essa média caiu para 791.
Os dados da Setrabes indicam que a procedência dos migrantes é de quase todos os estados do país, porém, o Maranhão é sempre o de maior número. "O segundo lugar varia entre o Amazonas e o Pará", observou a chefe da divisão de apoio ao migrante, Gezivalda Valentim.
Das 7.672 pessoas que entraram no estado este ano até o mês de julho, 2.734 eram do Maranhão, 2.119 do Pará e 1.522 do Amazonas. Os demais são dos outros estados e do Distrito Federal. O Espírito Santo é o único Estado de onde não houve registros de migrantes nos últimos meses.
Os registros indicam ainda que a maioria dos migrantes vai para a capital ou para o município de Rorainópolis na região sul de Roraima. Boa Vista recebeu este ano até o mês de julho, 5.904 migrantes e Rorainópolis 617, de um total de 7.672 em todo o Estado.
Apesar do maior número de migrantes ser de adultos, o nível de escolaridade predominante é o ensino fundamental. Dos que chegaram em Roraima este ano, 3.955 possuíam o ensino fundamental e apenas 89, o ensino superior.
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