O Globo, Ciência, p. 33
18 de Set de 2009
Floresta em pé garante meta de redução de CO2
Governo acordou mecanismo para receber verba externa
Luiza Damé
Depois de uma reunião com os governadores da Amazônia Legal, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse ontem que o governo conseguiu chegar a um acordo com relação ao REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) - um mecanismo que vem sendo considerado pelos negociadores internacionais para que os países ricos consigam atingir suas metas de redução de CO2, principal causador do aquecimento global.
Segundo Minc, o acordo passaria por três modalidades de financiamento de projetos para manter a Floresta Amazônica em pé: doações voluntárias, fundos públicos abastecidos com verbas dos países ricos e que, segundo o Protocolo de Kioto são obrigados a cortar emissões, e um fundo compensatório.
- O governo brasileiro tem uma posição de que a questão do REDD deveria ser vista com cautela para que dela não se aproveitassem os países para deixar de fazer o seu dever de casa - afirmou Minc.
O ministro disse temer que os países ricos deixem de mudar seus padrões de consumo e deixem o ônus de reduzir as emissões do planeta nas mãos dos emergentes, pagando-os para isso. Essa solução seria mais barata para os ricos.
- Como reduzir as emissões dos países ricos é complexo e caro seria mais cômodo para eles pagar para os países em desenvolvimento manterem as florestas em pé.
O Globo, 18/09/2009, Ciência, p. 33
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.