VOLTAR

Floresta e agricultura familiar geram renda para produtores de Trairão, no Pará

Serviço Florestal Brasileiro - http://www.florestal.gov.br/
23 de Ago de 2013

Uma ação realizada pela primeira vez no município de Trairão, no Pará, está trazendo perspectiva para pequenos produtores que extraem produtos da floresta e praticam a agricultura familiar. Por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), eles passaram a comercializar sua produção, obtendo renda.

A primeira associação local a acessar o PAA é a Cooperativa Mista Agroextrativista do Caracol (Coopamcol), mas já existem outras interessadas. A Coopamcol, que antes não comercializava seus produtos, agora fornecerá 19 toneladas de 17 alimentos - como açaí, abóbora, banana, batata-doce, castanha e couve - durante este ano, no valor de R$ 29.150,00 o que gerará aproximadamente R$ 4.100,00 reais ano/produtor.

No município de Trairão, onde 57% da população é considerada pobre ou extremamente pobre conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano 2013, o PAA se mostra como uma alternativa para trazer uma nova realidade à região. "O PAA surgiu como uma grande oportunidade para maior parte deles", afirma a coordenada do projeto na Coopamcol, Edinéia Fernandes.

Para ingressar no Programa, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), junto a outros parceiros, apoiou a Cooperativa em ações como cadastramento de produtores interessados e de produtos, habilitação do projeto para submissão, elaboração de proposta para o PAA, apoio à gestão do projeto, compreensão do PAA pela comunidade e oficina sobre como participar do Programa. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Prefeitura local foram algumas das instituições que também apoiaram a iniciativa.

Escolas

A atividade tem auxiliado, além dos agricultores familiares, os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Bela Vista do Caracol, situada no distrito de mesmo nome. A instituição recebe os produtos comprados da Coopamcol e os utiliza na merenda escolar.

Toda semana, produtos frescos e pertencentes à cultura alimentar local chegam à escola. A alimentação ficou mais saudável e está agradando aos estudantes. "Quando chego na escola, até a cantina tem um corredor onde entrego os produtos. Se já está na hora do recreio, eles já pegam as bananas", afirma Edineia.

Cooperativismo

O Programa pode vir a fortalecer a organização social na região. Outras organizações estão interessadas em participar do PAA e, outras escolas, de também receber produtos. "A Coopamcol já foi procurada por outros produtores depois que foi efetuado o pagamento dos produtos entregues na escola", afirma a engenheira florestal do SFB Daniela Pauletto.

Para que o Programa se fortaleça, ainda há desafios à frente, seja na logística para recolher os alimentos durante a época do inverno amazônico, seja nos incentivos para que os produtores produzam mais e em maior variedade. A cooperativa interessada precisa, também, de apoio técnico em todas as fases do projeto, da contabilidade ao beneficiamento de alimentos.

Porém, os resultados já alcançados estimulam os cooperados. "A Cooperativa está muito feliz por estar podendo dar a oportunidade de ajudar os agricultores desta região a ter para quem vender seus produtos e aumentar a renda dos mesmos", afirma a coordenadora.

http://www.florestal.gov.br/noticias-do-sfb/floresta-e-agricultura-fami…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.