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Floresta da Tijuca quer atrair mais pesquisadores ao local

OESP, Geral, p.A13
09 de Set de 2004

Floresta da Tijuca quer atrair mais pesquisadores ao local
Para isso, foi construída uma casa com 3 quartos em plena mata e haverá um seminário este mês
Roberta Pennafort
RIO - Uma das maiores florestas urbanas do mundo, com quase 30 mil visitantes por mês, o Parque Nacional da Tijuca até hoje não conhece o impacto da presença humana em seu ecossistema.
Para corrigir essa falha, pesquisadores estão sendo convocados a estudar a fauna e a flora locais, que ainda não foram levantadas por completo.
A fim de estimular a presença de estudiosos, o parque, que é uma unidade de conservação do Ibama, recebeu, no meio da mata, uma casa para acomodá-los gratuitamente. Ela serve a qualquer pesquisador, brasileiro ou estrangeiro, que apresentar um projeto de estudo sobre a floresta.
O imóvel, de 150 metros quadrados, tem três quartos, sala, cozinha, lareira, banheiro e acomoda até dez pessoas. É ideal para quem vem de fora e também para quem mora no Rio, mas longe do parque, e tem dificuldade para ir e voltar todos os dias.
A estada máxima é de um mês - caso seja necessário ficar mais, é preciso fazer um requerimento especial. Quando a casa está ocupada, os guardas do parque dão mais atenção à área, para dar segurança aos "moradores".
Finalizada no fim de 2001, a Casa do Pesquisador não é muito conhecida pelos acadêmicos. Para divulgá-la e também para atrair profissionais, o parque promove nos dias 23 e 24 o 1.o Workshop de Incentivo à Pesquisa Aplicada ao Manejo da Floresta do Maciço da Tijuca.
A bióloga Ivandy Castro Astor, responsável pelo setor de pesquisa do parque, considera que a floresta, como centro de pesquisa, está sendo subexplorada.
"Não existe lugar melhor para se estudar espécies do que a Floresta da Tijuca", afirma. Segundo ela, ainda não foi feito um inventário completo da fauna, composta por primatas, aves, peixes, insetos e outras espécies, e da flora, formada por remanescentes da mata atlântica.

OESP, 09/09/2004, p. A13

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