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Autor: Paulo Fernandes
05 de Mai de 2010
Produzidos por meio das oficinas do projeto Ava Marandu, feito em sete aldeias Guarani da Região Conesul de Mato Grosso do Sul, 10 filmes e 120 fotografias serão exibidos nos dias 14 e 15 de maio no Museu das Culturas Dom Bosco (conhecido como Museu do Índio), no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande.
O objetivo do trabalho produzido por índios da etnia Guarani é mostrar aspectos das comunidades indígenas e fortalecer a identidade daquele povo.
Ava Marandu é um projeto cultural feito com a cooperação de governos, sociedade civil organizada e Nações Unidas reunindo atividades voltadas para os direitos humanos dos índios.
No dia 14 (sexta-feira), será a vez da exposição fotográfica. Cento e vinte índios participaram das oficinas ministradas pelos fotógrafos Elis Regina, Vânia Jucá e Leonardo Prado. Cada um dos participantes selecionou a foto que mais gostou para participar da exposição.
Um dia depois (15), acontece a Mostra de Cinema Guarani, também no Museu do Índio. Curtas e médias de até 27min foram produzidas nas oficinas que tiveram duas equipes de realizadores: composta pelos cineastas Iván Molina e Gilmar Galache e pelos cineastas Joel Pizzini e Maurício Copetti. Os roteiros foram feitos pelos próprios Guarani. E dos 10 filmes, sete tiveram até a edição feita por eles.
Fotografias, curtas e médias são resultados de três meses de trabalho em 12 oficinas, com 174 alunos. Alguns deles participaram de mais de um aprendizado (foram 240 participações).
Museu - Exposição fotográfica e a mostra de cinema levam um pouco mais de povos indígenas de Mato Grosso do Sul para o museu que tem mais artefatos de etnias do vizinho Mato Grosso, como Xavante e Bororo.
Fundado em 1950, o Museu Dom Bosco abre de terça a sexta-feira, das 8h às 18h, e nos sábados, domingos e feriados, das 9h às 19h. Ele não abre às segundas-feiras, exceto em datas especiais. Ingressos custam R$ 5,00. Visitas agendadas pelas escolas são gratuitas.
Vivendo principalmente na região de Dourados, os índios da etnia Guarani-Kaiowá vivem uma situação de descaso e abandono, condenados à miséria, ao confinamento e a fome.
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