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Autor: Karina Villas Boas
19 de Nov de 2013
No final da tarde desta terça-feira (19) o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, esteve presente, acompanhado do dirigente da CUT/MS, Giovani Midon, na sede da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) de Campo Grande, no intuito de conversar e prestar solidariedade aos indígenas que estão chegando de todas as partes de Mato Grosso do Sul, principalmente das áreas de conflito de terras, em resposta ao protesto de cerca de 200 fazendeiros que invadiram a sede do órgão hoje pela manhã.
De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, a entidade é a maior de Mato Grosso do Sul e possui em sua história a luta por um mundo melhor e mais igualitário, portanto em momentos como este se faz presente, não só em apoio a causa indígena, como para cobrar do poder público federal uma atitude com urgência. "Estamos acompanhando o caso da demarcação de terras indígenas no fórum dos movimentos sociais e sindicais que participamos há muito tempo, já fui em várias áreas de conflito prestar a nossa solidariedade e apoio aos irmãos e está claro para nós que o ou o governo federal toma uma postura de resolução com urgência ou veremos um verdadeiro banho de sangue em Mato Grosso do Sul", afirma.
Roberto disse ainda que a FETEMS defende a democracia, o direito de protestar, mobilizar e lutar, que é constitucional, porém não concorda de maneira alguma com o clima de guerra e ameaças que está sendo instaurado no Estado. "Nós dos movimentos sociais e sindicais organizados não podemos assistir de braços cruzados o clima de guerra e terror, pegarmos os jornais e vermos fazendeiros organizando leilões para montar milícia, um absurdo, hoje pela manhã estivemos no protesto dos fazendeiros, me assustei ao ver as ameaças, tentativas de agressão e declarações de guerra mesmo, isso me preocupa profundamente, por isso estamos nos mobilizando para cobrar, mais uma vez, uma atitude do , que não pode mais ficar omisso ao que está acontecendo em nosso Estado", ressalta.
Para o cacique Antônio, da Aldeia Córrego do Meio de Sidrolândia, o apoio de entidades como a FETEMS é fundamental na luta pela retomada dos territórios indígenas de MS. "Temos acompanhando o apoio, ajuda e solidariedade do professor Roberto, da FETEMS e de vários movimentos sociais a nossa causa e nós só temos a agradecer, pois acreditamos que a união de todos fará com que a paz volte a reinar em nosso Estado e nós possamos seguir o nosso caminho, retomando o que é nosso por direito", enfatiza.
A FETEMS vem acompanhando a fundo o debate de demarcação das terras indígenas desde o início dos confrontos este ano, esteve em várias áreas de retomada, como na Buriti, em Sidrolândia, na Esperança, em Aquidauana e na Ivy Katu, em Japorã.
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