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Fetagri defende criação de reservas extrativistas no Amazonas para combater grilagem de terras

Radiobrás
Autor: Amanda Mota
24 de Abr de 2007

Local: Brasília - DF
Fonte: Radiobrás
Link: http://www.radiobras.gov.br

A criação de duas novas reservas extrativistas (Resex) em Lábrea, a 703 quilômetros da capital amazonense, pode ajudar a combater um problema antigo na região e que aflige centenas de famílias no sul do estado: a grilagem de terras. A afirmação foi feita nesta terça-feira (24) pelo secretário de Políticas Salariais e Sociais da Federação dos Trabalhadores Agrícolas do Amazonas (Fetagri), Edvaldo Lopes.

De acordo com o representante da Fetagri, essa ocupação irregular de terras contribui para a geração de diversos conflitos e do desmatamento local. "Muitas famílias acabam prejudicadas pelos conflitos entre grileiros e, além disso, a agricultura familiar fica comprometida pelo desmatamento desenfreado que atinge a região", afirmou.

Edvaldo Lopes explicou que o trabalho técnico do Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), necessário para a implantação das reservas, já foi concluído e agora as populações locais aguardam o parecer do Ministério do Meio Ambiente para formalizar a criação das reservas. E destacou que a criação das Resex tem um objetivo social, que é a permanência do homem do campo no interior, com a garantia de seus direitos.

Caso o governo federal autorize a criação das reservas em Lábrea (Iutxi e Médio Purus), cerca de 600 famílias serão beneficiadas com a ação, segundo mapeamento feito pelo Ibama. "Eu apelo ao poder público estadual para que seja feito, junto ao governo federal, um manifesto a favor da liberação dos documentos necessários à criação das reservas. O estabelecimento das Resex garante ao homem do campo o direito ao uso racional do meio ambiente e favorece sua permanência no local, garantindo a terra para quem vive nela", destacou Lopes.

Entre outros assuntos, a problemática da ocupação irregular de terras no sul do estado voltará a ser discutida nos dias 2, 3 e 4 de maio, quando a Fetagri realizará, em Manaus, o Grito da Terra, uma série de manifestações com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para problemas que atingem os trabalhadores da agricultura familiar.

Amanda Mota

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