Folha de S. Paulo (São Paulo - SP)
20 de Abr de 2000
O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a festa dos 500 anos do país não deve ser um convite a um velório, numa referência aos protestos organizados para o dia 22 de abril, em Porto Seguro (BA). O presidente solicitou que se evitem confrontos sérios que possam levar sem-terras e índios à morte. FHC também pediu para que os partidos, seja da base aliada ao governo ou da oposição, repilam as manifestações violentas.
A radicalização das ações do MST começaram a provocar críticas de tradicionais aliados do movimento, como é o caso da Contag, do PPS e do PT.
O movimento "Brasil, Outros 500" pretende reunir quarenta mil pessoas em Porto Seguro para a realização de manifestações contrárias às comemorações oficiais dos 500 anos do país. O Dia do Índio foi marcado por protestos na área de Coroa Vermelha (BA), local em que acontece a Conferência Indígena.
A réplica da embarcação utilizada por Cabral ao chegar no Brasil pela primeira vez não poderá participar das festividades dos 500 anos. Apesar do alto investimento, por problemas técnicos a embarcação não ficará pronta a tempo.
Além disso, há um breve artigo sobre a realização de festas separadas para a comemoração do aniversário do país, uma delas direcionada à população, com caráter mais popular, e a outra, ao presidente, seus convidados e à imprensa.
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