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Farc atuam em solo brasileiro

A Crítica-Manaus-AM
23 de Ago de 2002

O ex-comandante militar da Amazônia, general da reserva Luiz Gonzaga Lessa, garantiu anteontem que a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) atuam pacificamente nas cidades na fronteira com o Brasil.
"As Farc atuam pacificamente nas cidades brasileiras da fronteira, onde recrutam jovens e abastecem seus pelotões", disse o general num seminário sobre defesa organizado pela Comissão de Assuntos Externos da Câmara dos Deputados.
O militar classificou a guerrilha colombiana de "grupo terrorista e narcotraficante" e alertou as autoridades brasileiras de que, "se não atuarem rapidamente, o Brasil vai ter problemas".
O diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Vizentini, reforçou as palavras de Lessa, ressaltando que o Brasil deve "atuar com rapidez antes que o conflito exploda do outro lado da fronteira", referindo-se ao conflito no país vizinho.
"Não podemos demonstrar fraqueza e desamparo. As crise econômicas agravam estas situações, forçando para que nossa atuação seja contundente e em defesa do contexto sul-americano", acrescentou o professor.
Tanto Vizentini quanto Gonzaga Lessa garantiram que o problema da Colômbia não preocupa apenas o Comando Militar da Amazônia, "mas todas as forças armadas brasileiras".
"A presença do Brasil na Amazônia é fraca. O orçamento é limitado há anos e não há sensibilidade governamental para os problemas da defesa", garantiu o atual presidente do Clube Militar do Rio de Janeiro, num centro de militares da reserva, com forte matiz nacionalista.
"Temos de atuar rapidamente para impedir a passagem de guerrilheiros e narcotraficantes pela Colômbia, Venezuela e Guiana", frisou o general, lembrando que a medida também servirá para evitar ingerências estrangeiras.

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