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Famílias passam a ocupar Casa de Passagem do Indígena

Prefeitura de Curitiba (PR) - http://www.curitiba.pr.gov.br
08 de Jan de 2015

Durante a noite de quarta-feira (07), representantes da Prefeitura, do Ministério Público do Paraná e da Fundação Nacional do Índio (Funai) estiveram na Casa de Passagem do Indígena Artesão em Curitiba para dar as boas vindas às famílias. O espaço funcionará em caráter emergencial por dois meses em um espaço cedido pelo Município,

Na quarta, equipes da Prefeitura de Curitiba ajudaram no transporte dos pertences dos índios que estavam alojados debaixo do viaduto do Capanema para a casa.

"Agradecemos a receptividade de todos que entenderam a nossa preocupação com a exposição, principalmente das crianças e adolescentes, as violações dos seus direitos e aceitaram vir para este local mais seguro e que, com certeza, vai garantir que a população que mora em Curitiba possa conhecer e admirar a cultura dos povos indígenas", disse a presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Marcia Oleskovicz Fruet.

As famílias indígenas que se encontravam em situação de rua em sua maioria vivem em cidades do interior do Paraná e de outros estados e vêm para Curitiba com o intuito de comercializar o artesanato produzido em suas comunidades de origem.

"Curitiba hoje se torna um exemplo a ser seguido por outras cidades ao olhar para o indígena com respeito e abrir a cidade para conhecer essa cultura tão importante e rica para todos", afirmou o coordenador da Assessoria de Direitos Humanos da Prefeitura de Curitiba, Igo Martini.

O local será coordenado pela Funai e, segundo o órgão, a gestão será compartilhada. "Eles estão felizes de estar aqui e todo mundo irá ajudar na limpeza e na organização da casa. Cada um será responsável por fazer a sua comida e também vamos criar juntos normas de convivência", afirmou Denirse da Silva, da Funai, que organizou a chegada dos indígenas no primeiro dia de funcionamento da Casa de Passagem.

As famílias poderão permanecer por até 15 dias na unidade e seu registro será feito pela Casa da Acolhida e do Regresso, da FAS. Neste período, a Secretaria Municipal da Saúde vai atuar na unidade em três frentes: prevenção e saúde da mulher indígena; vacinação e saúde da criança; e prevenção ao consumo de álcool e drogas. Além disso, o Ministério Público irá orientar sobre a ilegalidade da participação de crianças e adolescentes na comercialização do artesanato.

Para Sirianinha Ananias, índia da etnia Kaingang de Erechim (RS), o espaço foi muito comemorado. "Assim como temos muito a aprender, as pessoas também têm muito que aprender sobre os índios. Com respeito de todas as partes. Só queremos mostrar o nosso trabalho e depois voltar para os nossos parentes. Faço tudo pelas minhas filhas e antes, na rua, meu medo maior era que algo acontecesse com elas. Aqui, eu não tenho esse medo", disse.

Durante os dois meses de funcionamento do espaço cedido pela Prefeitura de Curitiba, órgãos governamentais buscarão a cessão de imóveis da União para a construção de uma casa de passagem permanente em Curitiba.

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