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EXPEDITO PERÔNNICO

Brasil Norte-Boa Vista-RR
Autor: EXPEDITO PERÔNNICO
03 de Jun de 2004

Há muito que o senador Mozarildo Cavalcanti vem se queixando e suspeitando da atividade de ONGs estrangeiras que esbanjam vigor financeiro em suas atuações na Amazônia. O parlamentar fez novo alerta contra a proliferação dessas entidades, pois mais de 250 mil ONGs atuam em todas as regiões brasileiras. Com o relatório da CPI que investigou no Senado a atuação dessas organizações, Mozarildo informou que a grande maioria desenvolve trabalhos de pesquisa, manejo e exploração nas áreas de meio-ambiente e junto a questões indígenas. E Mozarildo viu ontem que não foram em vão suas persistentes falas no Plenário do Senado federal, pois a Fundação Nacional de Saúde abriu tomada de contas especial para apurar irregularidades na atuação de sete organizações não-governamentais que desde 2002 receberam R$ 43 milhões para prestar atendimento a índios. Auditorias já constataram que parentes de servidores eram integrantes de duas ONGs e que parte do dinheiro destinado a projetos em aldeias era usado no aluguel de imóveis e na contratação de pessoal, como mostrou reportagem do "Jornal Nacional", da Rede Globo, anteontem. Duas servidoras foram afastadas e um diretor foi exonerado.
O chefe da Controladoria-Geral da União, Waldir Pires, disse ontem que pretende investigar todas as ONGs que cuidam da saúde de índios. Desde 1999, quando o governo começou a firmar esse tipo de convênio, foram repassados R$ 244 milhões a 54 ONGs, universidades e prefeituras.
A Funasa, órgão ligado ao Ministério da Saúde, já deu início às chamadas tomadas de contas especiais, procedimento que aprofunda o trabalho das auditorias para identificar responsáveis e recuperar o dinheiro. As denúncias serão enviadas hoje ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal.

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