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Expedicionários da Saúde usarão notebooks para atender comunidades indígenas

Segs - www.segs.com.br
Autor: Mércia Ribeiro - Ivan Umberto Fontana
29 de Out de 2008

Equipamentos ajudarão na descrição de cirurgias e a prescrição de medicamentos

A tecnologia a cada dia está sendo mais acessível para a equipe médica dos Expedicionários da Saúde. O grupo, que já conta com modernos equipamentos, levará 15 notebooks que serão ligados em rede para que os trabalhos sejam mais ágeis e precisos. Entre os principais ganhos estão e descrição detalhada de cirurgias e a prescrição de medicamentos. Marcada para o dia 4 de novembro, a próxima expedição atenderá a comunidade indígena de Novo Paraíso, no Alto do Solimões (AM), numa região próxima a fronteira do Peru e Colômbia.

"O atendimento será informatizado desde a hora em que o paciente chega nas barracas. Será uma grande novidade para a grande maioria", comemora o ortopedista Ricardo Affonso Ferreira, um dos idealizadores do Programa Operando na Amazônia dos Expedicionários da Saúde. O grupo, que inclui quatro oftalmologistas, quatro cirurgiões gerais, quatro anestesistas, um ortopedista, um pediatra, dois ginecologistas, quatro enfermeiras, seis operacionais de logística, um cinegrafista, um fotógrafo e um jornalista da Revista The Economist, passará 20 dias numa região isolada, atendendo os povos da etnia Tikuna. "Todos os profissionais envolvidos são voluntários e dispostos a levar a medicina especializada para pessoas que, muitas vezes, nunca visitaram um médico e sequer conhecem um hospital", destaca Ricardo.

Sobre os Expedicionários da Saúde

A iniciativa da expedição surgiu em 2002, quando um grupo de amigos, formado por médicos e executivos em viagem ao Pico da Neblina (AM), teve a oportunidade de conhecer uma aldeia Yanomami e foram confrontados com uma realidade muito diferente da que viviam. Surgiu então a idéia de usar toda a experiência profissional deles para melhorar a qualidade de vida da população indígena daquela região. E, para isso, buscaram entender a cultura local. Com a ajuda de antropólogos, procuraram as instituições responsáveis pelo atendimento à saúde na região para entender como trabalhavam e assim planejar uma atuação conjunta para somar esforços. Assim, em 2003, foi oficialmente estruturada a Associação Expedicionários da Saúde .

O grupo tem apoio do Comando Militar da Amazônia, que garante o transporte da equipe desde Manaus até um ponto de apoio em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Uma das grandes dificuldades é o acesso aos locais de atendimento, que tem de ser feito por barcos. Também há uma forte parceria com os DSEIs - Distritos Sanitários Especiais Indígenas , Funasa e Funai , mas todo trabalho só é viabilizado em função de patrocinadores importantes que a cada expedição, contribuem com doações materiais, em serviços e financeiras.

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