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Estudos de fauna serão realizados na região Mamuru-Arapiuns

Ideflor - www.ideflor.pa.gov.br
Autor: Flávia Ribeiro
27 de Mai de 2009

Os estudos de fauna no conjunto de glebas Mamuru Arapiuns começam a ser organizados e a partir do próximo dia 15 os pesquisadores iniciam os trabalhos de campo. A intenção é conhecer a fauna da região e que as informações sirvam de subsídio para elaboração do Relatório Ambiental Preliminar (RAP) e para a proposição de um sistema de monitoramento de fauna, auxiliando no ordenamento territorial da região. As glebas formam o maior conjunto de florestas públicas não destinadas do estado, somando cerca de 2,2 mil hectares. O ordenamento atende à lei de gestão de florestas públicas, que exige a elaboração de estudos para o licenciamento de atividades florestais.

Segundo Carlos Ramos, Diretor de Gestão de Florestas Públicas do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), "o ordenamento ambiental e territorial do conjunto de glebas Mamuru-Arapiuns tem sido debatido de maneira bastante intensa, com participação marcante da Comissão Estadual de Florestas e de órgãos estaduais como o Instituto de Terras do Pará (Iterpa), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e o Ideflor. Estudos como o de fauna gerarão subsídios importantes para a tomada de decisões, seja para regularização fundiária das comunidades tradicionais, seja para as áreas destinadas para concessões florestais".

Pesquisa - Os estudos estão sendo organizados pelos pesquisadores Reinaldo Peleja, da Universidade Federal do Pará, campus Santarém; e Orlando Tobias, do Museu Paraense Emílio Goeldi, mas no total cerca de 30 pessoas estão envolvidas no trabalho. "Serão 30 dias de trabalho no campo, com o revezamento de duas equipes. A primeira começa os trabalhos no dia 15 de junho. A expectativa é que o relatório final seja entregue até o final de agosto" comenta Peleja.

Os pesquisadores já iniciaram as discussões com as lideranças comunitárias que residem na área. Os estudos começaram a partir do acesso do rio Mamuru e posteriormente serão feitas coletas mais concentradas no entorno da comunidade Sabina, em Juruti, e Monte Carmelo, em Aveiro. Será observada a fauna de solo, como aranhas, escorpiões e formigas, vespas, leptoptera (borboletas), mosquitos (vetores), piuns, mutucas, drosófilas, além de representantes da herpetofauna (répteis e anfíbios, como cobras, lagartos e sapos), mamíferos terrestres, voadores (morcegos) e aquáticos, bem como a diversidade de peixes.

A intenção é de identificar a biodiversidade das glebas, verificar as regiões com espécies endêmicas e áreas de relevante interesse ecológico. "A partir disso, poderemos identificar as áreas mais voltadas para agricultura familiar, para unidades de conservação, de acordo com a presença das espécies. Os resultados darão suporte para a destinação que a região receberá", destaca Peleja.

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