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Estudo traz ações para driblar a crise de água que ameaça o São Paulo

Rede Sustentabilidade - redesustentabilidade.org.br
31 de Out de 2014

Estudo traz ações para driblar a crise de água que ameaça o São Paulo

Rede Sustentabilidade 31 de outubro de 2014

O ISA (Instituto Socioambiental) divulgou esta semana propostas que podem contribuir para a crise hídrica que ameaça o país, e mais especificamente o Estado de São Paulo, por meio de um projeto denominado Água@SP, iniciado em setembro.
O estudo propõe ações de curto, médio e longo prazos e apresenta iniciativas propostas por 280 especialistas de 60 municípios para enfrentar a crise hídrica sem precedentes que São Paulo vive.
Os resultados serão discutidos com a sociedade nos dois próximos meses, para que possam se desdobrar em um conjunto de ações concretas, afirma o ISA.
Os reservatórios de água e rios exibem níveis críticos nas bacias dos rios Tietê e Piracicaba e as previsões climáticas para os próximos meses não são animadoras, segundo o instituto.
De acordo com o estudo do ISA, a crise da água no Estado de São Paulo pode ser atribuída a um conjunto de fatores:
a) ênfase dos governos na retirada de mais água de rios e mananciais, e não no uso racional do recurso;
b) desmatamento nas áreas de mananciais e poluição das fontes de água em quase todo o Estado;
c) seca extrema, em especial no Sistema Cantareira;
d) pouco espaço para participação da sociedade civil e falta de transparência quanto à gestão da água.
Tais fatores foram agravados por um outro elemento, segundo o ISA: a resistência dos governos em tomar medidas mais firmes em um ano eleitoral.
A Aliança Pela Água _coalizão organizada por membros da sociedade civil que propõe debate o problema para executar medidas efetivas_ propõe um jeito diferente de lidar com a crise: de forma compartilhada, com responsabilidades específicas, baseado no engajamento e no diálogo entre diferentes segmentos da sociedade e de governo.
A finalidade, segundo o ISA, é alcançar duas metas e cumprir as ações propostas: a primeira, no curto prazo, tem como objetivo chegar a abril do ano que vem em situação segura para enfrentar mais um período de estiagem.
A segunda, de longo prazo, pretende implantar um novo modelo de gestão da água, que garanta um futuro seguro e sustentável para os moradores de São Paulo (estabilidade social, econômica e ambiental).
Além disso, a Aliança apresenta dez ações de curto prazo e dez de médio e longo prazos com recomendações para governo federal, estadual e municípios.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na quarta-feira passada que pedirá ao governo federal recursos financeiros e a desoneração de impostos para enfrentar a atual crise de desabastecimento de água.
Alckmin defendeu a necessidade de conceder a isenção do PIS e Cofins para empresas de saneamento básico e a realização de parceria com o governo federal para as obras de interligação do Rio Jaguari, da bacia do Paraíba do Sul, com a represa do Atibainha, do Sistema Cantareira.

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