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Estudo feito pela FGV aponta potencialidades para Roraima

Folha de Boa Vista-RR
22 de Fev de 2002

O estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e divulgado ontem em forma documento, durante o Seminário sobre as Potencialidades Regionais, promovido ontem pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), indica as principais potencialidades econômicas para Roraima.
A indicação divide produtos com potencial para abastecimento local e regional e produtos que podem ser desenvolvidos visando um mercado mais amplo, incluindo-se aí o mercado nacional e internacional.
Segundo o documento, movelaria, oleiro-cerâmico, arroz irrigado, pecuária de corte, guaraná, fruticultura - como laranja e caju -, apicultura, cana-de-açúcar e a pesca regional despontam como produtos com potencial econômico para o mercado regional.
Já as atividades voltadas para ecoturismo, fruticultura do cupuaçu, madeira serrada e pré-beneficiada, indústria de compensados, piscicultura, amido de mandioca, dendê, soja e palmito de pupunha são destaques no estudo da FGV, quanto ao mercado mais amplo. No pronunciamento na abertura do evento, o governador Neudo Campos (PFL) elogiou a preocupação da Suframa em contribuir com a identificação das potencialidades econômicas de Roraima.
Contudo, lamentou que a localização geográfica que coloca o Estado como principal personagem no corredor de exportações do Brasil para o restante do mundo, não tenha sido incluída como umas das potencialidades econômicas para a região. "Não queremos ficar só no extrativismo, queremos produzir e ajudar o Brasil a exportar e não morrer", afirmou.
No setor da movelaria, o estudo indica que atualmente existem 19 empresas formais e 37 informais abastecendo o mercado local. Como solução para a melhor exploração deste potencial, sugere melhoria na qualidade dos produtos, treinamento de mão-de-obra, financiamento e mais incentivos à atividade.
Por sua vez, o setor oleiro-cerâmico dispõe de nove empresas formais, com produção de tijolos e telhas estimada em 2.500 mil milheiros. Além disso, existem cerca de 120 produtores informais. Como a construção civil está em fase de pleno crescimento, a tendência é que o mercado para os produtos derivados deste setor tenham uma procura acentuada.
O arroz irrigado também foi destaque no estudo da FGV. Segundo dados apresentados, a cultura do arroz tem aumentado de maneira significativa nos últimos anos. "O custo de um hectare de arroz irrigado em Roraima é de cerca de R$ 1.250,00, enquanto a receita é de R$ 1.920,00 para uma produtividade de 120 sacas de 50Kg. Neste caso, a renda líquida prevista é de R$ 378,00 ha. A receita apresenta-se, neste caso, 54% maior que os custos", ilustra o documento.
Outro destaque no quadro das potencialidades é a fruticultura, que se apresenta como uma das mais amplas opções de exploração econômica para a região, com ênfase para a produção de caju e manga.
A produção de mel de abelha também não ficou de fora da análise apresentada pela Suframa. A produtividade das regiões do Apiaú e Uraricoera, chega a 70g de mel por colméia ao ano, quando a média nacional é de 25Kg.

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