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Estudante da UFSCar entrega documento ao Ministro da Educação

Ufscar - http://www2.ufscar.br
25 de Nov de 2013

Texto sintetiza debates realizados durante o I Encontro Nacional de Estudantes Indígenas, que aconteceu em setembro

Nesta segunda-feira, 25 de novembro, Custódio Benjamin da Silva, estudante do curso de graduação em Pedagogia da UFSCar, estará em Brasília para entregar ao Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o documento final do I Encontro Nacional de Estudantes Indígenas (ENEI), realizado na Universidade em setembro deste ano. A entrega do documento será feita por um grupo formado por cinco estudantes indígenas de todo o Brasil que participaram do ENEI, durante o seminário "Educação Superior de Indígenas no Brasil: balanços de uma década e subsídios para o futuro", que acontece nestes dias 25 e 26 de novembro, em uma promoção da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC). Durante o Seminário, o estudante da UFSCar fará uma fala para apresentar a concepção, as discussões e os desdobramentos do I ENEI.

O I ENEI aconteceu no Campus São Carlos da UFSCar de 2 a 6 de setembro de 2013 e foi inteiramente organizado pelos estudantes indígenas da Universidade. O evento reuniu em São Carlos estudantes de 45 etnias brasileiras, vindos de universidades de todo o País. No encerramento do Encontro, foi realizado um fórum para elaboração do documento final. Após o encerramento, os estudantes continuaram se comunicando para concluir a elaboração do documento, que será entregue pelos seis estudantes, um de cada região do Brasil e do Distrito Federal, durante o primeiro dia do Seminário do MEC. O convite foi feito pelo Diretor de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais da Secadi, Thiago Tobias, que participou da abertura do Encontro na UFSCar.

"Se um dos pontos acertados ao final do encontro foi a necessidade de descolonização, a ocupação do espaço acadêmico (não apenas com a presença dos alunos indígenas nos seus cursos, mas também com a ocupação dos espaços físicos da Universidade proporcionada por esse encontro) é um passo bastante importante de descolonização de um ambiente que é fundamentalmente elitizado e marcado por um saber pretensamente superior e excludente. As universidades precisam começar a conhecer a realidade dos povos indígenas do Brasil e se abrir para os conhecimentos e saberes indígenas, não entendidos apenas como 'saberes populares', mas reconhecendo os fundamentos desse conhecimento e sua validade, mesmo que não comprovada pela ciência acadêmica", declara o texto resultante das discussões realizadas durante o ENEI.

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