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Estrada do Pacífico fica pronta em outubro

A Tribuna-Rio Branco-AC
19 de Ago de 2002

A Estrada do Pacífico, que vai colocar o Acre e o Brasil de frente para o Peru e para o mercado asiático, será entregue ao País no próximo mês de outubro. A estrada é fruto de parceria entre o Acre e o governo federal.

O sonho do governador Jorge Viana é que possa reunir os presidentes da Bolívia, do Peru e do Brasil na solenidade de entrega da estrada à população. "Na verdade, esta não é uma estrada apenas do Acre e do Brasil. É uma estrada para a América, uma estrada do mundo", disse ontem o governador Jorge Viana ao, mais uma vez, visitar e inspecionar as obras.

Além dos 50 quilômetros asfaltados e entregues à população no ano passado, mais dez quilômetros ficaram prontos nos últimos dias. A média de asfaltamento será de pelo menos um quilômetro por dia. O 7o BEC (Batalhão de Engenharia e Construção) anunciou ontem que vai concluir a parte que lhe cabe, cerca de dois quilômetros e meio, no mesmo prazo do cronograma do governo para a entrega da obra.

"Eu espero que o BEC cumpra sua parte", disse Jorge Viana.
A estrada está sendo realizada pela construtora Tercam, que vem utilizando a mais moderna tecnologia para este tipo de obra. "Eu tenho mais de 30 anos de Deracre, trabalhei em todas as obras de estradas

do Estado e posso garantir que nunca vi nada igual. Essa será a mais moderna estrada do Acre e uma das mais modernas da Amazônia", disse o engenheiro Fernando Moutinho da Conceição, coordenador da obra.

Tanta tecnologia só está sendo possível porque a Tercam, que tem sede em Minas Gerais, é uma das mais preparadas empresas do setor em atuação no País. "Além de estrutura, temos experiência na construção de estradas e estamos trazendo para cá a mais moderna tecnologia em atividade no mundo", disse o Antônio Fernando Machado, gerente da Tercam na execução do projeto.

Equipamentos de última geração estão sendo utilizados para que a pavimentação não tenha nenhum tipo de declive e o solo é preparado, inclusive à base de cimento, para que o asfalto tenha a maior durabilidade possível. O solo está recebendo cerca de até 4% de camada de cimento antes de receber a camada asfáltica para que não haja perigo de infiltração.

A estrada vai consumir mais de 150 mil sacas de cimento. A média de gasto é de duas mil sacas por dia. "Toda essa tecnologia está sendo utilizada aqui porque esta era uma das estradas mais lamentáveis do Acre. Era uma coisa triste. Tão triste que nenhum outro governo ousou fazer qualquer coisa aqui.

Para fazer o que estamos fazendo aqui, só uma boa dose de ousadia e de coragem", comemorou o governador Jorge Viana.
"Para chegarmos a esse resultado, tivemos que movimentar mais de três milhões de metros cúbicos de terra. Isso significa uma movimentação de mais de 350 mil carradas de barro de caminhão. Uma coisa impressionante", comentou o governador.

Brasiléia recebe Jorge com grande carreata
Jorge Viana foi recebido em Brasiléia, na condição de candidato à reeleição, com uma grande carreata pelas principais ruas da cidade. À noite, a Frente Popular realizou um grande comício na cidade, reunindo lideranças e políticos de toda a região.

Jorge Viana disse que o comício de Brasiléia tem significado especial para ele e para o PT. "Foi aqui que começou toda essa história que nos levou ao governo do Estado e a executar este projeto que visa resgatar o trabalhador rural, o seringueiro e o mais pobre", disse o candidato à reeleição. "Essa história, para nós, é muito cara.

Aqui morreram companheiros como Wilson Pinheiro e Jesus Matias. Em Xapuri, morreram Chico Mendes e Ivar Higino. Nossa luta é para que o sangue desses companheiros não tenha sido em vão", disse Jorge Viana poucos minutos antes do comício.
A aceitação do nome de Jorge Viana no município vai além do trabalho realizado pelo governo do Estado.

É que a família do governador tem origem no município e Jorge Viana é considerado um filho ilustre de Brasiléia. "Ele viveu boa parte da sua infância aqui", disse o comerciante Evangelista Moreira, o seu "Vanju", dono do Hotel Fronteira. "Na verdade, eu só nasci em Rio Branco. Eu sou mesmo é daqui. Nasci em Rio Branco porque em Brasiléia, naquela época, não tinha nem hospital, imagine uma maternidade", disse Viana

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