VOLTAR

Estados discutem corredor ecológico Araguaia-Bananal

Tribuna de Imprensa-Rio de Janeiro-RJ
05 de Set de 2002

A implantação de um corredor ecológico de 9 milhões de hectares, entre os estados do Pará, Tocantins, Goiás e Mato Grosso começou a ser discutida ontem entre representantes da sociedade civil; organizados em associações de moradores, entidades ambientalistas, sindicatos e cooperativas e técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A criação formal do corredor foi assinada pelo presidente do Ibama, Rômulo Mello, mas o sistema só passa a existir, de fato, com a gestão participativa. A discussão acontece no IV Seminário de Gestão Sócio-Ambiental, no Município de Conceição do Araguaia, no PA.

Os corredores ecológicos são sistemas de gestão integrada de várias categorias de unidades de conservação; parques, florestas nacionais, APAs, reservas biológicas etc, visando a conservação da biodiversidade e o uso racional dos recursos naturais, associados à promoção do desenvolvimento sustentável e à repartição eqüitativa de benefícios gerados.

As áreas protegidas formam núcleos de conservação, cercados por fazendas, projetos de colonização e outras áreas de uso, onde se procura fazer planos de manejo conjuntos, de modo a permitir ou aumentar a circulação de espécies entre as unidades de conservação, sejam elas federais, estaduais, municipais ou reservas privadas.

A intenção é favorecer ou promover ativamente a recomposição florestal entre as áreas núcleo, ao mesmo tempo em que se diminui a pressão de caça, desmatamento e deterioração ambiental no entorno dos parques e reservas. Em termos de políticas públicas, criar um corredor ecológico significa decidir por alternativas menos predatórias de desenvolvimento regional.

No caso do corredor Araguaia-Bananal, a expectativa é proteger a ecoregião de transição da floresta amazônica para o cerrado, englobando 11 unidades de conservação: o Parque Nacional do Araguaia (562 mil hectares); a Área Federal de Proteção Ambiental (APA) dos Meandros do Araguaia (357 mil ha); o Parque Ecológico Estadual do Cantão (89 mil ha); a Área Estadual de Proteção Ambiental (APA) do Bananal/Cantão (1,67 milhão ha), e mais seis territórios indígenas (2 milhões de hectares). O novo sistema também abrange parte da bacia dos rios Araguaia e Tocantins, castigadas pelas queimadas freqüentes e remoção de matas ciliares.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.