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Estado discute ações e propostas à educação indígena em 15 municípios

Rondonotícias
24 de Mar de 2008

Em atendimento à determinação do Governo do Estado de garantir educação de qualidade a todas as crianças e adultos em idade escolar, a Gerência de Ensino da Secretaria da Educação (GE/Seduc) está reunindo desta segunda (24) até a próxima quarta-feira (26) em Porto Velho cerca de 50 representantes da educação indígena de aldeias localizadas em 15 municípios rondonienses. O objetivo do evento, que acontece pela manhã e à tarde, no Rondon Palace Hotel, segundo a gerente de Ensino, professora Sônia Casimiro, é discutir ações, avaliar resultado de projetos já implementados e ainda apresentar propostas como à implantação do ensino fundamental de 9 anos, que deverá ocorrer de forma imediata/unificada e gradativa.

Conforme o técnico da Educação Indígena da Seduc, Magno de Andrade, o Estado atende atualmente a 2.700 alunos indígenas, com a educação fundamental, através de 159 professores índios capacitados por meio do Projeto Açaí, que deverá formar mais uma turma nos próximos meses. A proposta, segundo ele, é de que a nova turma do Projeto Açaí ingresse de imediato no ensino superior, somando-se aos cerca de 20 que já ingressaram na Universidade Federal de Rondônia (Unir) ou instituições de ensino superior particulares, beneficiados por programas de financiamento (bolsas) ou sistema de quotas.

Para a gerente Sônia Casimiro, que representou o secretário estadual da Educação, professor Edinaldo Lustoza, o evento é uma oportunidade para o intercâmbio de informações e experiências entre as lideranças indígenas e educadores das aldeias localizadas em Alta Floresta, Alto Alegre do Parecis, Ariquemes, Cacoal, Chupinguaia, Espigão do Oeste, Extrema, Guajará-Mirim, Jaci-Paraná, Ji-Paraná, Pimenta Bueno, Porto Velho, São Francisco, Seringueiras e Vilhena. "Trata-se de um momento oportuno também para que todos apresentem os problemas enfrentados e também as sugestões", afirmou a gerente de Ensino, completando que a educação escolar indígena vem recebendo tratamento especial por parte do Ministério da Educação e governo estadual, tendo como base um novo paradigma educacional que trata da interculturalidade, multilingüismo e etnicidade.

O secretário Lustoza lembrou que o MEC, assim como o governo estadual, vem implementando uma política nacional de educação escolar indígena, através de ações articuladas com as secretarias estaduais e municipais de Educação, atendendo aos preceitos legais estabelecidos na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano Nacional de Educação.

A abertura ainda contou com a presença do procurador da República, Francisco Marinho, que disse considerar a reunião um instrumento de vez e voz para que todos possam apontar problemas e alternativas.

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