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Estado anuncia cinco parques fluviais

O Globo, Rio, p. 18
29 de Jan de 2011

Estado anuncia cinco parques fluviais
Objetivo de áreas em Friburgo, Petrópolis e Teresópolis é proteger margens de rios

Rafael Galdo

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, anunciaram ontem a criação de cinco parques fluviais em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, nas regiões afetadas pelas enxurradas. Ao todo, serão 95 quilômetros de unidades de conservação ao longo dos rios, 55 em zonas urbanas e 40 em áreas não ocupadas. O primeiro parque, segundo Minc, será o do Rio Santo Antônio, no Vale do Cuiabá, em Petrópolis, que deve começar a ser implantado este ano. O segundo será no Córrego Dantas, em Friburgo, e os demais ficarão em pequenos rios de vales de Teresópolis, abrangendo os bairros Caleme, Bonsucesso e Posse.
Nos trechos urbanos, além da recomposição da calha dos rios, haverá instalações de esporte e lazer, como ciclovias e quadras. Nas demais áreas, o principal trabalho será de reflorestamento da mata nas margens. Em todas elas, no entanto, no mínimo 60 metros junto às margens (30 de cada lado do rio) serão preservados.
Para a implantação dos parques, segundo o secretário, serão necessários R$ 190 milhões. Os recursos serão solicitados ao governo federal, que deve receber um anteprojeto das unidades em até 30 dias. Boa parte, de acordo com Minc, será destinada à remoção de famílias que vivem às margens dos rios.
Só nos seis quilômetros finais do Rio Santo Antônio, estima-se que 600 tenham que ser removidas. Não há estimativas ainda de quantas terão que deixar suas casas em todas as áreas.
Por enquanto, foram liberados ontem R$ 5 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) para esses projetos na serra, principalmente para a realocação de famílias, com compra assistida de imóveis, no Vale do Cuiabá.
Minc lembrou que, durante a elaboração do projeto do Parque do Santo Antônio, a secretaria enfrentou resistências. Antes da enxurrada, pelo menos um aviário, uma floricultura e uma fábrica de manilhas no Vale do Cuiabá tinham conseguido liminares na Justiça para que os terrenos onde estavam, próximo ao rio, não fossem atingidos pelo parque fluvial.
- Essas empresas, no entanto, foram varridas pelas enchentes. Isso comprova a necessidade de se proteger as margens dos rios - disse Minc.

O Globo, 29/01/2011, Rio, p. 18

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