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19 de Nov de 2010
A escritora Tatiana Azambuja aproveitou a sessão de homenagem ao Dia da Consciência Negra e de solidariedade a vítimas de discriminação no Senado para denunciar a "violenta discriminação" de que são vítimas índios do Mato Grosso do Sul. Ela disse ter crescido convivendo com a miséria que assolava os povos guarani-kaiowá, guarani-nhandeva e terena - todos com tribos próximas a Dourados, onde nasceu.
Numa cidade e num estado onde os índios, segundo afirmou, continuam sem ter vez nem voz, ela decidiu abraçar essa causa e reunir suas reivindicações no livro "Direito ao Pão Novo".
- O sentimento de banalização dessa miséria me levou a dar um passo no sentido de defendê-los e de procurar as razões de seres humanos iguais a nós, feitos da mesma carne e do mesmo sangue, serem vítimas de tamanha discriminação - comentou.
Além de sustentar que o caminho para a dignidade humana passa pelo respeito, por observar e aprender com as diferenças, Tatiana Azambuja considerou histórica a homenagem prestada pelo Senado por representar um movimento de resgate da dignidade das minorias, dos povos que sempre estiveram à margem da sociedade.
-Acredito que só poderemos viver num mundo melhor quando a dignidade humana for a premissa maior da estrutura societária - finalizou.
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