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Equipe da Univale participa da expedição pelo Parque Estadual do Rio Doce

Univale - http://univale.br
26 de Mar de 2015

Profª Renata Campos e dois alunos do curso de Engenharia Civil e Ambiental estão envolvidos na pesquisa

A professora Renata Bernardes Faria Campos participará de uma expedição para coleta de dados no Parque Estadual do Rio Doce (PERD). Ela integra a equipe de pesquisa encabeçada pelo Prof. Sérvio Pontes Ribeiro, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).

O projeto foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e também pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e visa a entender o que ocorre com vegetais e com animais após o processo natural de assoreamento.

A pesquisa foi iniciada em dezembro de 2014 e terá duração de dois anos. A primeira expedição para coleta de dados foi realizada entre novembro e dezembro de 2014, antes do período chuvoso. "O desaparecimento das reservas de água é um fenômeno cada vez mais comum. E nessa pesquisa vamos tentar entender como se dá o processo de mudança de um local que era brejo para terra firme. Também vamos analisar os impactos dessa transformação na fauna e na flora", afirmou a pesquisadora.

Dois alunos bolsistas de Iniciação Científica acompanharão a professora Renata na expedição: Antônio Carlos de Olivera Martins Júnior e Rosiane Mercens Sanches, respectivamente do 3o e do 6o período de Engenharia Civil e Ambiental. Antônio Carlos vai participar pela segunda vez, pois ele também acompanhou a expedição feita há 3 meses. E destaca que o trabalho de campo cria possibilidade para os alunos desmistificarem alguns conceitos e estimula a pesquisa. "As coletas são muito interessantes pois temos vontade de pesquisar mais, de descobrir mais", afirmou ele.

O grupo segue para o PERD nesta sexta-feira (26). Serão quatro dias de trabalho. A previsão é que a coleta seja feita em terrenos alagados, já que a segunda quinzena do mês de março apresentou índices pluviométricos mais favoráveis que o restante do verão. A próxima expedição deve ser feita entre os meses de julho e agosto deste ano.

A professora Renata Campos possui graduação (licenciatura e bacharelado) em Biologia (1999), mestrado (2002) e doutorado (2008) em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência em docência e pesquisa na área de Ecologia (com ênfase em Ecologia de Comunidades em Matas Ciliares) e Educação (Formação de Professores, Educação Ambiental e Ensino de Ciências). Ela foi bolsista PNPD institucional no programa de Pós Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais da UFOP de 2012 a 2014 e atualmente é professora pesquisadora na Faculdade de Engenharia da Universidade do Vale do Rio Doce onde integra o grupo de professores do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Gestão Integrada do Território.

Sobre o Parque Estadual do Rio Doce

Situado na porção sudoeste do Estado, a 248 km de Belo Horizonte, o Parque Estadual do Rio Doce fica na região do Vale do Aço, inserido nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo. A unidade de conservação abriga a maior floresta tropical de Minas, em seus 35.970 hectares e é a primeira unidade de conservação estadual criada em Minas Gerais. O Decreto Lei no 1.119, que criou oficialmente o Parque, foi assinado 14 de julho de 1944.

Árvores centenárias, madeiras nobres de grande porte e uma infinidade de animais nativos compõem o cenário de um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica, no Brasil: o Parque Estadual do Rio Doce.

Há um notável sistema lacustre, composto por quarenta lagoas naturais, dentre as quais destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 metros. As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de importante instrumento para estudos e pesquisas da fauna aquática nativa, com espécies tais como bagre, cará, lambari, cumbaca, manjuba, piabinha, traíra, tucunaré, dentre outras.

No Rio Doce é possível encontrar espécies da avifauna como o beija-flor besourinho, chauá, jacu-açu, saíra, anumará, entre outros. Animais conhecidos da fauna brasileira também são frequentes no Parque. A capivara, anta, macacos-prego, sauá, paca e cotia, bem como espécies ameaçadas de extinção como a onça pintada, o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.

Com o objetivo de aproveitar a riqueza da flora, de forma sustentável, o parque possui um herbário, que possibilita a identificação de espécies principalmente através da análise de suas características morfológicas, constituindo a base de pesquisas taxonômicas.

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