VOLTAR

Equador busca rota de negócios no Amazonas

A Crítica-Manaus-AM
21 de Nov de 2002

A linha mais curta ligando o Amazonas ao Pacífico e o Atlântico passa pelo Equador. É possível reduzir em até três mil quilômetros, assegura o governo equatoriano, o percurso que as empresas locais fazem atualmente para importar insumos para a produção ou exportar seus produtos para os mercados da Ásia e América do Norte. A proposta é abrir um novo corredor para trânsito de mercadorias, que parte diretamente de Manaus para o porto de Manta, no Equador. Importar ou exportar, a partir de Manaus demanda alto custo em função da logística que obriga as embarcações a saírem da Ásia com destino aos porto de Los Angeles e depois Miami, antes de desembarcarem em Manaus.

Com o corredor equatoriano, as empresas ganhariam tempo e com isso mais competividade, na argumentação da missão do governo do Equador que está em Manaus para articulação com entidades de classe e órgãos de desenvolvimento do Estado.

A intenção é colocar em operação uma rota que liga o rio Amazonas e os rios equatorianos Putumayo, Napo e Maranhão. Para isso, o governo equatoriano investiria na construção de portos nesses afluentes. "O Governo brasileiro não teria custo nenhum com investimentos", disse o ministro de Obras Públicas do Equador, José Macchiavello. A logística é garantida por uma rede viária de estradas e aeroportos.

A política de estreitamento das relações entre os países da América do Sul está prevista no acordo assinado em Brasília, em 2000, o IRSA (Iniciativa Integraçcon Regional Sud América), lembrou Macchiavello. A disposição, porém, é investir numa amplia aliança de cooperação econômica com o Amazonas, segundo o embaixador do Equador, Patrício Zuquilanda.

A base da parceria envolvendo o Equador e o Amazonas está montada em operações de exportações envolvendo a área de eletroeletrônicos fabricados na Zona Franca de Manaus e produtos agrícolas produzidos pelo mercado equatoriano.

Anualmente, o Equador importa cerca de US$ 2 milhões em eletroeletrônicos fornecidos pelo Panamá, que poderiam ser adquiridos no parque industrial da ZFM.

Em contrapartida, o mercado amazonense, abastecido em grande parte de produtos hortigranjeiros vindos do Sudeste, passa a contar com a produção agrícola do Equador por um preço mais baixo, em função do frete reduzido, uma vez que a distância entre os dois mercados e menor.

Na tarefa de intensificar os negócios bilaterais, foi criada, em setembro, a Câmara de Indústria e Comércio Brasil-Equador, uma articulação entre a Associação Comercial do Amazonas (ACA) e representantes equatorianos de entidades de classe e de comércio exterior.

Primeira a ser instalada no País, a Câmara tem a atribuição de intermediar as negociações no plano institucional entre os dois países, no sentido de equacionar as questões que dificultam o desenvolvimento dos negócios. Uma das primeiras missões dos membros da Câmara é fazer gestões junto aos dois governos para intensificar o tráfego intermodal, um medida fundamental para otimizar as operações de importação e exportação

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.